“Não sei porquê, mas eu nunca confiei muito na minha sogra.
Sempre achei o modo de ela me tratar meio falso, mas nunca comentei isso com o
meu namorado. Não gosto do modo com que interfere no nosso namoro. Ela sempre
quis ir morar com a gente [porque a mãe e ele moram com os avós], mas eu nunca
quis, pois sempre soube que sogra junto do casal não é boa coisa... Mesmo se
fosse a minha própria mãe [eu não aceitaria]. Meu namorado concorda comigo
nesse ponto, mas sempre teve medo de magoá-la. Ele é uma ótima pessoa... Muito
boa, e que não tem boca pra brigar com ninguém, imagine então, com a mãe (...)
A mãe dele inventou umas histórias descabidas sobre mim, que eu a ignorava na
rua, que eu ria dela... E contou isso pra todo mundo. De uma hora pra
outra, resolveu que eu não era mais a “segunda filha” dela (ELA me dizia isso),
e passou a me detestar, proibindo o meu namorado de prosseguir com a relação.
Desde então estamos namorando ESCONDIDO da família dele. Ele prometeu que
no ano que vem a gente se casa, queira a mãe dele ou não, mas que não vai falar
isso pra ela agora pra não magoá-la e porque sabe ela irá me atormentar. Há
algum tempo visito o seu blog e gostaria que no amor do nosso Senhor,
respondesse com a sua opinião a respeito da história que acabei de contar. O
que devo fazer? Mesmo se não responder, já agradeço pela paciência de ter lido
até aqui. Desde já, Deus te abençoe!” – M. F.
A
feliz sorte de Eva. Está é uma
reclamação bem comum entre as perguntas que recebo. Os homens geralmente fazem
referências cômicas ou perversas de suas sogras, mas são as moças que padecem
nas garras da megera. Imagine se vivêssemos nos tempos ou na cultura que a
noiva vai para casa da família do noivo e fica sob as ordens da sogra. Se para
eles é comédia, para elas virou tragédia. Lamentam algumas noras: Feliz foi
Eva que teve marido sem jamais ter tido sogra.
Zelo
maternal. Toda mãe quer o melhor
para seu filho, então é sábio ouvir seus conselhos (Pv 1:8,9). Fico com a
impressão que as mães tem mais ciúmes dos filhos enquanto os pais o tem das
filhas. É natural essa preocupação, mas o cuidado maternal deve ser racional,
não apenas emocional. O excesso de proteção pode virar dominação. Proteger não
é prender; Educar não é controlar, mas ensinar a viver.
É
esta? Nãããooo. É Esta? ÉÉÉ!!! A desproporção de gênero na
mocidade deixa os rapazes mais bem servidos que as moças provocando uma
competição, uma verdadeira guerra-fria, entre elas. Embora na igreja seja possível
encontrar uma boa esposa no escuro e de olhos vendados porque todas
nossas irmãzinhas são bem doutrinadas, os moços – ou as mães deles – se dão ao
luxo de escolherem namoradas a dedo examinando-as com lupa conforme seus
critérios e preferências.
Boa
filha, boa esposa! O primeiro
critério utilizado pelas mães para apreciarem a futura nora é o raciocínio de
que se é boa filha, logo será boa esposa (Pv 31:29). Analisam a
freqüência nos cultos, simpatia, o testemunho... Isto os olhos vêem, porém o
que deixa muitas mães intrigadas é a desconfiança da honra da namorada do filho
(se é virgem ou não) e passam a matutar: Se teve outros namorados poderá não
ser donzela. Aí a especulação dá início a investigação.
Teu
passado (não) te condena. É o que
teme uma comentarista anônima: ‘Estou muito confusa [e temorosa]: namoro um rapaz que
nasceu na Graça (de pais crentes) há 10 meses, porém antes de o conhecer [e vir
para a igreja] perdi minha virgindade e ele sabe disso. Porém minha sogra nem
imagina isso senão não permitiria nosso namoro. O que eu faço?’ (comentou
em: “Namorados que se masturbam cometem fornicação?”). Essa
investigação está fora do amor cristão porque depois do novo nascimento nossos
pecados são totalmente expurgados e apagados da memória de Deus (Hb 8:12;
10:17). Quem pode acusar; condenar; ou separar aquele que nasceu em
Cristo? (Rm 8:31-39).
“Assim que, se alguém está em Cristo,
nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co
5:17)
O
drama de Marianne. Outra irmãzinha
já compartilhou conosco o preconceito que sofre por não ser mais virgem. Seu
comentário inspirou o texto "Quem quer namorar e casar comigo?” Cara M. F. este
não é o teu caso, mas outras moças na igreja vivem o mesmo drama de Marianne e
algumas vivem o mesmo dilema seu. Estou pensando de modo geral, para que de
alguma maneira possa responder de modo pessoal.
Surpresa!
Vim(vou) morar com vocês. No seu
caso específico está me parecendo que foi por outras bocas que chegou aos
ouvidos dela que não a querem morando com vocês e ela ficou chateada. Você a
magoou, mas tem toda razão - “Sogra junto do
casal não é boa coisa”. Navio com dois capitães naugrafa. Acolher os
pais na velhice é um dever moral dos filhos e o cônjuge não deveria se opor. No
entanto, a vida-a-dois não deve começar com três.
Minha
mãe mandou eu escolher esta daqui,
mas como sou teimoso vou escolher aquela ali - A escolha do filho pode
contrariar a da mãe que retrucará: Com tanta moça na igreja, foi escolher
logo esta. Pudera, sogra não é homem (como o personagem da comédia
"A sogra que pedi a Deus"- 1ª foto ) enquanto o filho é. Ela escolhe
com olho e razão de mulher; Ele escolhe com olho e razão de homem. Ela pode
estar vendo o que é mais importante, enquanto ele está de olho no que lhe é
mais interessante. Para a sogra podes ser uma entre tantas outras, mas para ele
és “a mais formosa entre as mulheres” (Ct 1:8); Tu és toda formosa, em ti não há defeitos
(Ct 4:7). Embora haja casamento
arranjado em algumas culturas ou épocas, a bíblia deixa claro que o noivo
decide-se pela noiva. A escolha e decisão final é dele.
Paradoxo
e filosofia do casamento. Para
juntar-se à mulher é preciso primeiro desapegar-se da mãe – “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e
apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2:24). Os
filhos se desgarram dos pais para que as famílias se unam para que pelos laços
do casamento a sociedade esteja ligada numa grande rede.
Namorar
escondido. Embora seja uma opção,
está longe de ser a solução. Para nós que somos crentes é mais complicado
porque este comportamento não é condizente com a ética cristã. Nosso proceder
deve ser honesto diante dos homens: “Seja, porém, o
vosso falar: Sim, sim e não, não” (Mt 5:37). Esses aborrecimentos
tendem a continuar após o casamento, é por isso, que devem resolvê-los agora.
Teu namorado terá que ‘abrir a boca’ e deixar claro à mãe que ele optou por
você.
Rute
e Noemi. Tenha paciência! Conheço
casos em que mãe e namorada se detestavam e depois se tornaram grandes amigas.
Passaram de rivais a aliadas. A Bíblia conta uma bela história de amizade entre
sogra e nora. Noemi partiu com a família para uma terra longínqua. Lá chegando
seus dois filhos tomaram mulheres para si. A vida aplicou um duro golpe
nas três mulheres deixando todas viúvas. Velha e desamparada Noemi despediu as
noras, uma voltou para sua família enquanto Rute decidiu ficar com a sogra e
foram grandemente abençoadas. O que fez Rute tomar esta decisão é que por meio
do testemunho da sogra veio a conhecer o Deus de Israel e seguiu com Noemi
dizendo: “Teu povo será o meu povo; E Teu Deus será
o meu Deus” (Rt 1:16).
A
triste sorte de Eva. Se Eva não
teve sogra, ela e Adão jamais tiveram carinho de mãe; Seus filhos nunca
souberam como são gostosos os paparicos de vó. Como seu namorado é filho único,
sua sogra não teve um cabelinho para escovar e prender com lacinho ou
presilhas; nunca comprou uma Barbie para brincar junto; não se preocupou em
comprar o primeiro sutiã; não ajudou a escolher um vestido para festa; não teve
quem ensinar e com quem conversar ‘coisas de mulher’; ninguém pra confidenciar
os amores e decepções.
“A
segunda filha”. Você, seu namorado
e a mãe dele são do mesmo povo e servem o mesmo Deus. Ore pedindo a Deus
sabedoria para que consiga ganhar a simpatia da sua sogra que haverá de
render-se à decisão de vocês, e entender que não está perdendo um filho, mas
ganhando uma filha – a filha que nunca teve (e futuramente uns netinhos para
paparicar). Não invejarás mais a Eva e como Noemi e Rute serão grandes
companheiras, então a paz reinará no casal e nas famílias.
a Paz de Deus Meu irmão
ResponderExcluirintereçante o texto..Mais o que fazer quando a o amor começa a esquentar e as vontades a se aflorar!?
Deus o Abençoe!!
Pensa na sogra.
ExcluirNão vá chamar por sua mãe, hein...
Ou pensando melhor...
Menino feio, só pensa naquilo. vou contar tudo pra sua mãe.
Brincadeira.
muitoo complicado! Quando nos relacionamos com uma pessoa, temos que lembrar que nao estamos nos relacionando so com ela, mas com toda a família, um casamento ainda mais, é a uniao de duas famílias. O conselho que eu daria embora nao seja fácil, é o mais sensato e o que surtiria um melhor efeito na convivencia geral entre vocês e as futuras gerações, é ter uma conversa sincera e aberta com ela,pode parecer surreal, mas por que nao arriscar? pergunte a ela se tem algo em você que a incomoda e fale das suas queixas também.. as vezes o problema é somente na comunicação.
ResponderExcluirDeh R
Deh, já houve essa conversa...
ExcluirPORÉM não surtiu efeito nenhum. E ela sempre queria conversar comigo sem a presença do meu namorado. E quando ele estava presente o tom da conversa era diferente... Como se quisesse que eu passasse por mentirosa.
Não há falha na comunicação. Na minha opinião, há falha de caráter e valores pq onde tudo é possível pra afastar o filho por puro ciúme, não há ética e o mínimo de valor cristão.
Ricardo, olhe seu e-mail.
Deus abençõe.