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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ninguém é mais feliz que nós



É comum ouvirmos declarações de amor entre um homem e uma mulher; entre pais e filhos; e até mesmo ao time do coração. Este é um verdadeiro hino à amizade que fala do amor pelo semelhante, cantado por jovens cuja única ambição é manter e espalhar este sentimento que os faz mais que amigos – os tornam irmãos. Jovens que compartilham uma paixão comum pela música, e declaram amor uns aos outros pelo canto. Jovens que fizeram uma escolha – a de abandonar a ilusão deste mundo e servir a Deus no vigor da sua mocidade. Embora incompreendidos encontraram a real felicidade e o sentido para sua existência. Este é o segredo da felicidade:

“Lembra-te do Teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento” (Eclesiastes 12:1)

Leia sobre hinos avulsos em "Hinos avulsos - qual sua inspiração?"
Este canto foi citado em "Quão formosos são os jovens da Congregação"

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

"Contendo..." uma ova!

Enfim os novos hinários começaram a ser distribuídos e boa parte da irmandade já adquiriu o seu. Mas não é sobre as alterações musicais ou o acréscimo dos novos hinos que quero falar, e sim sobre a mudança ocorrida no primeiro ponto de doutrina. Comparando as versões dos hinários notará na redação atualizada do 1º  Ponto de Fé e Doutrina o acréscimo: “contendo”.

I – Cremos na inteira bíblia e aceitamo-la como contendo a infalível Palavra de Deus… ,

Primeiramente esta mudança é uma equiparação porque aconteceu em 2004 na revisão do Estatuto no capítulo 22. Segundo que não houve lapso na redação, ela foi intencional. E por fim, não se trata de uma adequação ou melhoria, e sim de uma nova declaração de fé e reafirma o que está disposto no Capítulo II, Artigo 20 do Estatuto:

“A Congregação Cristã no Brasil é constituída por uma comunidade que aceita toda a Bíblia na qual ‘está contida’ a infalível Palavra de Deus”

Ora, se a Palavra de Deus ‘está contida’ na Bíblia, a Palavra faz parte de um conteúdo completado por outra(s) parte(s). E, se apenas parte da Bíblia é a Palavra de Deus, então posso crê-la em parte e em parte desprezá-la.

Não resolve e não é suficiente dizer crer em toda a Bíblia; historiadores, arqueólogos, judeus, muitos religiosos crêem na Bíblia, mas não como a Palavra de Deus. Dessa maneira mesmo crendo no contexto poderia dizer:  “Esta parte é histórica e não inspirada”. Em muitos grupos religiosos a Bíblia não tem primazia e sua autoridade é contestada. Reiterando: Não basta dizer o quanto, é necessário complementar como cremos e aceitamo-la.

Esta sutileza que vai passar despercebida ou será ignorada – e pior, será aceita – por vários de nossos irmãos tem implicações teológicas muito sérias: Se a Bíblia contém, logo, não é. Saímos de uma posição ortodoxa para mergulharmos no liberalismo teológico.

Os teólogos liberais, contaminados por um racionalismo incrédulo e pernicioso, não confiam na inerrância da Bíblia e admitem que ‘O livro dos livros’ é passível de várias interpretações, por estes e outros motivos, declaram que a bíblia apenas ‘contém’ a Palavra de Deus.

Minha tristeza é que mais uma vez a irmandade foi ignorada e o “Santo Ministério mais Idôneo” age obscuramente e não dão as devidas explicações porque foi feita a mudança. Minha alegria é que muitos membros se indignaram e repudiaram nova declaração e se manifestaram, por vários meios, contrários a ela.

O que é a Palavra de Deus? É a transmissão do Criador à coroa da sua criação [o homem] de tudo aquilo que Ele quis revelar. Mesmo conhecendo-O em parte, o que precisamos conhecer de Deus para termos plena comunhão com Ele, nos revelou por seu grande amor. Quem ‘É’, a sua vontade, o seu santo querer; o plano de salvação, aquilo que requer do homem e o que tem preparado e reservado para nós está tudo revelado na Bíblia.

A mensagem da Bíblia começou a ser transmitida desde Adão e ser registrada desde Moisés e findada com os santos apóstolos. Ela está escrita como Deus quis que fosse escrita. Ela foi inspirada como aprouve ao Espírito Santo, por isso aceitamo-la como Palavra de Deus.

A Bíblia não é um produto da vontade ou do intelecto humano, não é o homem dizendo o que quer ou imagina que precisa, é o amor de Deus revelando nossa condição e manifestando Sua Graça. Ela é infalível porque sua mensagem é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crer. Ela é a Palavra testificante de Jesus. Nela não há erros. Nada mais precisamos, não há outra revelação, ela mesma se interpreta.

E como devemos repreender um anjo de luz que descendo do céu nos anuncie outro evangelho, nos crentes, haveremos de testificar a este mundo que a Bíblia é – sem nenhuma dúvida – a infalível, inerrante, inspirada, soberana e completa palavra de Deus, a única e perfeita guia de nossa fé e conduta.


uma ova: Interjeição usada para negar o que foi afirmado imediatamente antes. (dicionário priberam)

sábado, 19 de janeiro de 2013

Por que no Brasil as irmãs não tocam como nos outros países?

Congregação Cristã em Israel
Que bonito é… Não há quem não fique maravilhado quando, visitando a Congregação Cristã no Brasil, contempla sua orquestra. Os hinos lhe tocam a alma, o som dos instrumentos agrada os ouvidos, porém com os olhos notará algo curioso – A orquestra é genericamente masculina.

Uma pergunta… Depois da constatação vem a indagação: Porque as mulheres não tocam? Repetem a pergunta que nossas irmãs fazem em coro e o ministério considera desaforo.

…Sem resposta. E nós ficamos enrolando por não ter o que responder, sendo que a resolução oficial, que as proíbem de tocar, nem quem redigiu soube explicar. E quando alguém respondeu, não convenceu.

“A pergunta não quer calar, e a resposta não quer falar”.

Por que parou, parou porquê? O que muitos não sabem é que as irmãs, originalmente, compunham a orquestra. Vê-las tocando não seria novidade e findaria a saudade, pois, o que se pede não é o ingresso, mas o regresso; não é a implantação, mas a devolução de um direito; não é a uma nova deliberação, mas a revogação da antiga.

“As irmãs na orquestra não seria algo inovador, mas reparador”.

A ordem… TÓPICO DA ASSEMBLÉIA DE 1961
"O Senhor tem esclarecido aos irmãos anciães de as excluírem dos conjuntos musicais, a não ser no órgão, ficando assim impedida toda e qualquer oportunidade para o inimigo causar dano à Obra de Deus".

…Que causou desordem. Você entendeu? Nem eu. Lembrando que os assentos são separados, quais danos causaram ou causariam à ‘Obras de Deus’, as arcadas executadas por uma irmã no seu violino ou o assovio doce da flauta da outra? Se o Senhor os esclareceu, o Conselho obscureceu.

“A deliberação patrocinou o privilégio de exclusividade ao direito de igualdade; e trouxe à ‘Obra de Deus’, duplicidade ao invés de unidade”.

Como é no exterior? Elas tocam, com exceção de dois ou três países influenciados pelo Brasil, e pouco tempo atrás foram liberadas para tocarem em Portugal e lá não se viu nenhum mal.

“Não queremos mudar, mas equiparar”.

Não é a mesma ‘Obra’? A igreja-mãe de todo ajuntamento ‘ccbiano’ é a Congregação de Chicago. Lá sempre tiveram escolas bíblicas (Ooohhh!), lá as irmãs sempre tocaram (Ooohhh!), daí concluo ser um ‘desvio’ da parte de cá, a decisão de adonisar a orquestra (Uuuhhh!).

“Permitindo que as irmãs participem da orquestra, não estaremos nos desviando das origens; desviamos quando as excluímos”.

A hora é agora, o momento é já! Quão auspicioso é o exemplo português, se usarmos da mesma sensatez seremos a bola da vez. Já não dá mais pra adiar, tem irmã sentada a esperar. Será que veremos nossas irmãs tocando na orquestra novamente?

A esperança demorada enfraquece o coração, mas o desejo chegado é árvore de vida (Pv 13:12).

Tocar na orquestra! Elas querem, eu concordo, resta o Conselho dizer: nós deliberamos (ou revogamos).

“Deixemos de adonisar e passemos a adornar nossa orquestra.  Com as irmãs tocando, nossa orquesra será melhorada; só com macho ela fica muito machucada"


Nossa saudade:

orquestraprim
Nossa esperança:
orquestraatual

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Linguagens edificantes e seus intérpretes

1ª Parte
As linguagens do Espírito


Verso áureo: “Porque a um pelo Espírito é dada… a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas” (1Co 12:10b).

Introdução. O capítulo 14 da primeira carta aos Corintios é o texto em que o Apóstolo Paulo doutrina a igreja com relação ao dom de falar em novas e variadas línguas, também alerta para a necessidade de intérpretes. Creio por que a Bíblia diz, porém jamais soube de alguém a quem foi dada a interpretação das línguas. Assim, faço homenagem aos intérpretes de uma linguagem que tem se mostrado útil e trazido muita edificação para a igreja. Falo da Linguagem Brasileira de Sinais – Libras.

O sentido da voz. Por quê existe a linguagem? Para que as pessoas se comuniquem. Sem comunicação não há associação, e sem sociedade não há civilização. Com este raciocínio o autor da carta escreve: “Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim” (v.11).

Variedades de línguas. A comunicação é feita de muitas formas; a fala é somente uma delas. Uma mensagem pode ser transmitida por códigos, cores, sons, imagens e sinais. Reforça a Bíblia: “Há, por exemplo, tanta espécie de vozes (linguagem) no mundo, e nenhuma delas é sem significação” (v.10). O próprio Deus fala aos homens de muitas maneiras (Hb 1:1); quando usa a voz das pessoas, fala com a igreja em revelação pela palavra da ciência, profecia e doutrina (v.6), e por meio de línguas estranhas fala de mistérios (v.2).

Quem tem ouvidos ouça. Comparo, às vezes, o dom de línguas com as parábolas do Senhor Jesus; mistérios são ditos à igreja, porém “ouvindo, não ouvem nem compreende” (Mt 13:13). Quando falo em línguas, sinto meu espírito fortalecido, pois “O que fala línguas estranhas edifica-se a si mesmo” (v.4) e ânsia de compartilhar com o meu irmão ao lado, porém eu mesmo não sei o que estou dizendo, “porque se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto” (v.14).

O convite de amor. Eu fico sem compreensão; a igreja sem edificação. Isto não é uma punição e sim um convite amoroso do Pai para que O busquemos em Espírito e tenhamos um encontro íntimo e poderoso e passemos a falar e orar não só em sentimento, mas no entendimento (v.15). O Senhor quer revelar seus mistérios à igreja, por isso nos exorta: “Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar” (v.13); “…para que a igreja receba edificação” (v.5).

Conclusão: Para que as linguagens dadas pelo Espírito Santo sejam edificantes, é necessário haver intérpretes que as traduzam para a igreja.

2ª parte

Libras uma linguagem edificante

Leitura Bíblica contextuada: 1Corintios 9

19. Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais.
20. E Fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei.
21. Para os que estão sem lei, como se estivera sem lei, para ganhar os que estão sem lei.
22.Fiz-me fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.
… E Fiz-me intérprete de libras, para evangelizar os que não ouvem nem falam, para ganhar a estes.
23. Eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele.

Introdução: A inserção feita no texto é para demonstrar que a Linguagem Brasileira de Sinais – Libras é uma poderosa ferramenta na evangelização e discipulado dos surdos-mudos. Aprendê-la é amar o próximo rendendo-se à vocação para um sublime ministério.

Cinco vale mais que dez mil. Uma frase inteligível instrui e edifica a igreja mais que um longo sermão em linguagem não compreendida. Fazer inteligível o que se diz ao surdo e dar voz ao mudo é a honrosa missão dos intérpretes de libras. Paulo não se engrandecia por falar línguas, antes disse: “Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos. Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em línguas desconhecidas” (1Co 14:18,19).

Como que falando ao ar. Se o emissor não se faz entender, e o receptor não compreende a mensagem, as palavras são jogadas ao vento (v.9). A comunicação fica prejudicada, ou não existe (v.7,8,). Não há feedback (resposta, retorno). É o que está dizendo o versículo 16: “Doutra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar do indouto, o Amém, sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes?”. Que proveito há nisso? (v.6).

Quem não se comunica… Quem não decodifica a mensagem “ocupa o lugar do indouto”. Como o irmão surdo não me ouve, também não entendo os seus sinais. O resultado é a marginalização da minoria: “Se não houver intérprete esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo e com Deus” (v.28). Todavia isto não edifica, opostamente, somos exortados: “Faça tudo para edificação” (v.26 ); para tanto a Palavra ordena: “Haja intérprete” (v.27).

Fiz-me intérprete. Muitos irmãos e irmãs, entre eles muitos jovens, seguindo o conselho de São Paulo – “Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar neles para a edificação da igreja” (v.12) – tem se dedicado a aprender a Libras. Na humildade, a atitude destes tornou-se mais eloqüente que suas palavras. Logo a CCB será a igreja com maior número de intérpretes em Libras e voltará a ser, em novo sentido, a ‘Igreja dos Sinais’.

Conclusão. A linguagem brasileira de sinais possibilitou a evangelização, o discipulado e a integração dos deficientes auditivos. Já não somos bárbaros uns com os outros, graças aos intérpretes nas igrejas.

Reflexão. Os intérpretes da Libras não falam em línguas estranhas nem as interpretam; mas possuem o ‘dom mais excelente’ – a caridade.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Uma visão da televisão


Verso áureo: “Não meterás, pois, abominação em tua casa, para que não sejas anátema, assim como ela; de todo a detestarás e de todo a abominarás, porque anátema é” (Dt 7:26).

A Congregação Cristã no Brasil demonstrava aversão aos meios de comunicação, em especial, a televisão e o rádio. Hoje dispomos e, naturalmente, fazemos uso de uma imensa parafernália tecnológica, inclusive cobramos um site oficial; mas houve dias que ficávamos apavorados ao ler ou ouvir o versículo do cabeçalho, outrora tantas vezes citado, agora no esquecimento engavetado.

Antigamente os crentes agiam como o salmista: “não porei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101:3), atualmente o televisor é comum na grande maioria dos lares cristãos. Naqueles tempos, enquanto o governo censurava a programação, o ministério censurava a aquisição. Houve rigor demais, ou está havendo temor de menos? O crente está cada vez se santificando ou secularizando? Afinal que mal há em ver televisão?

A VISÃO

Instrumento da mídia. A televisão é o veículo que atinge maior número de pessoas, por isso mesmo o de maior mídia. Definirei mídia não como um meio, mas por seus fins; aqui será abordada como o elemento influenciador dos conceitos e vontades humanas, que procura estabelecer as regras de comportamento, pensamento e de consumo das populações, bem como os valores éticos e morais da sociedade.

Enquanto a mídia é a regra de conduta da sociedade, 
A Palavra de Deus é a regra de conduta da igreja.

Inversão de valores. A TV (mídia) modifica a visão das coisas. Principalmente nas novelas, aquilo que é certo, como o amor conjugal verdadeiro e a pureza, são vistos como algo ultrapassado. Casais, famílias, lares felizes e abençoados jamais aparecem no vídeo, também o materialismo é apresentado como algo muito nobre e elevado. A palavra de Deus adverte: “Ai dos que ao mal chamam bem…” (Is 5.20,21).

Incentivo à promiscuidade. A TV estimula o pecado. Na programação em geral é comum cenas de insinuação sexual, ensinando e estimulando a fornicação, o adultério e o homossexualismo. Dia desses vi artistas famosos falando, sem recato, da prostituição cinematográfica num programa vespertino com classificação livre. O crente aderiu e adquiriu TV; reflexo ou coincidência, vemos o pecado destruindo muitos lares cristãos; lembremos da carta vinculada aos tópicos de ensinamento desse ano (2009).

A TV estimula a violência. Querendo livrar nossos filhos da violência das ruas, acabamos por expô-los à violência televisiva. No Brasil, ao completar 14 anos, uma criança já terá assistido 11.000 crimes na TV. Em 200 horas de programação, são vistas 30 mortes cruéis; 1018 lutas monstruosas e animalescas; 3.592 acidentes; 32 roubos; 616 cenas de uso criminoso de armas; 57 seqüestros; 410 trapaças; 86 chantagens e 321 aparições de monstros pavorosos e infernais. (Lições Bíblicas CPAD 2º trimestre de 2007)

Escola do mal. Sim a programação televisiva transformou-se numa escola de violência e pecado, e, nós pais, devemos controlar e supervisionar o que os filhos vêem na televisão. Bem verdade que podemos utilizar a mídia para o bem, mas quem negará quão perniciosa é a programação atual. Ou a família controla a TV, ou a TV controla a família.

Secularismo. O resultado produzido pela mídia é a cultura popular ou o secularismo. Para a cultura secular a idéia de bem e do mal é variável conforme o tempo; prega que o ser humano deve se moldar aos tempos modernos, rejeitando os valores absolutos e eternos da Bíblia, aceitando como diretriz apenas os fatos e influências da vida presente, ou seja, devemos seguir as tendências, ou “dançar conforme a música”. Desse modo, a secularização faz com que percamos a sensibilidade espiritual e os valores cristãos, esvaziando-nos daquilo que é santo. Somos exortados: “Enchei-vos do Espírito” (Ef 5:18). A secularização é o contrário da santificação sem a qual ninguém verá a Deus (Hb 12:14).

Memorize: A secularização é o processo oposto à santificação.

Mídia x Bíblia (sociedade x igreja). Enquanto a mídia está voltada para o presente, o agora; a bíblia e igreja está voltada para a eternidade. Enquanto a mídia trabalha em função da emoção; a igreja trabalha em função da fé. Enquanto a mídia funciona conforme a lógica econômica; a bíblia e igreja ignora a lógica econômica. Enquanto a mídia constrói-se na transitoriedade; a igreja na perenidade. Enquanto a mídia preocupa-se com a aparência do indivíduo; a igreja preocupa-se com a essência do indivíduo. Enquanto a mídia forma consumidores; a igreja forma cidadãos dos céus.

Recordando: O uso da televisão pode ocasionar vários problemas à igreja e à família; estimular a violência, o pecado e modificar os padrões de certo e errado.

A REVISÃO

Em preto e branco. A televisão já figurou como ícone do avanço tecnológico, da vida moderna e da prosperidade material. Hoje na era da TV digital, o grande o acervo de inovações tecnológicas, minimizou a importância deste aparelho. Por quê falarmos então sobre a televisão?

Símbolo de separação do mundo. Esta simboliza, para mim, e faz recordar uma época em que o crente vivia em nostalgia contemplando a pátria celestial e não se importava em ser diferente ou separado do mundo. Hoje não buscamos a separação; sim a associação, porém ser cristão é se identificar com Cristo e não com o mundo. Vemos cada vez mais os que servem a Deus parecidos com os que não servem. Em muitos casos já não é possível o reconhecimento visual.

“Porque persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo” (Gl 10:1).

Quem influência quem? Não é a televisão em si que é ruim, nossa passividade diante dela que é. A igreja como sal da terra e luz do mundo deveria influenciar o mundo, mas acaba sendo influenciada por ele. A mídia visual é persuasiva e o crente acabou cedente ao seu poder de sugestão, seguindo as tendências e abraçando os modismos, quando deveria servir de guia na escuridão, foi por isso que orou Jesus:Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (Jo 17:15).Com a guia de Deus, viveremos no mundo, mas afastados do mal.

“Qualquer que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus”(Tg 4:4b).

Tá tudo dominado. Se fizermos uma análise consciente do que realmente vale a pena assistirmos na televisão ficaremos chocados com o resultado, pouca coisa restará. Se não precisamos tanto assim, porque nos tornamos tão dependentes? Já é uma condição imposta pela mídia do consumismo: “Ter pra ser”. A sociedade lhe receberá de braços abertos se consumir o que todos consumem, se pensar o que todos pensam, e agir como todos agem; porém achará estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós” (1Pe 4:4).

Como não ser dominado? Porque “Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (1Co 6:12b). 

a)Buscando a edificação. “Nem todas as coisas edificam” (1Co 10:23b). O crente não precisa recorrer a padrões humanos para definir seu estilo de vida, ou posicionar-se quanto ao que aprova ou desaprova. Deve sempre procurar fazer aquilo que traga alguma edificação. Assim, se for sua opção de culto particular não ter televisão, não se espelhe neste ou naquele, mas faça segundo sua consciência (Js 24:15).
b)Discernindo. “Examinai tudo. Retende o bem” (1Ts 5.21). Por este versículo, somos convocados a discernir a cultura do nosso tempo, classificar e censurar o que vemos na televisão, e reter somente aquilo que é bom, edificante e útil. A capacidade de discernimento é conferida a todos que são espirituais (1Co 2:15).
c)Ocupando a mente. Já diziam os nossos avós: Quando a mente não está ocupada, só pensamos em coisa errada. Quando a cabeça está vazia, acabamos enchendo-a com porcariaCom o que você tem se ocupado? Têm você se dedicado em algum projeto pessoal? O apóstolo Paulo dá-nos uma sábia orientação quanto ao que devemos acolher em nossa mente e coração: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai(Fl 4:8).
d)Aproveitando o tempo. As pessoas vêem televisão não somente quando estão ociosas, mas por hábito (ou vício), muitas vezes deixam tarefas por fazer para terem mais tempo ‘a perder’ com a TV (videogame, Internet). Por quê não dedicarmos mais do nosso tempo com atividades mais saudáveis? Como, por exemplo, ler, passear, praticar esportes, aprender música, artes ou profissão, ser voluntário em alguma coisa. Você já pescou ou montou cavalos? Já tomou banho de cachoeira ou fez piquenique com a família? Sabe cozinhar ou costurar? Ou a mídia lhe ensinou que isto não tem graça?

Recordando: A televisão já não reina absoluta. Todo este aparato tecnológico pode ser benção ou maldição. É dever do crente examinar tudo com sabedoria e aproveitar o que é bom.

A CORREÇÃO

O conceito sobre a televisão. Todavia foi com outra visão que o crente se afastou do televisor no passado. Não foi por consciência, mas por ignorância. Não foi por opção, mas por imposição. Tudo o que se falou, todo este pavor e proibição vieram de um erro de hermenêutica (pra variar).

É trágico, vou tornar cômico. Se, faltou interpretação, sobrou imaginação:

As ondas de transmissão difundiam a programação, 
Para nós era a geração da imagem da besta de profanação.
As antenas de captação eram os chifres da aberração, 
Assistir televisão era, ao diabo, fazer adoração.
Enquanto o governo censurava a programação, 
O ministério censurava a aquisição, 
Fizeram tópicos de ensinamentos para a proibição, 
E quantas vezes ouvimos a pregação:
Aquele que é temente e crente de coração, 
Não ouve rádio nem assiste televisão.
Pois tal coisa é uma grande abominação.
Quem comprar esta maldição não será mais nosso irmão.

Acredite quem quiser, refute quem puder. É exatamente isto que você leu. Caso tenha esquecido, foi considerado, ensinado e pregado que o rádio era a besta que fala, sendo o televisor a segunda fera que deu imagem à primeira. No entanto Apocalipse 13:18 diz se tratar de uma pessoa – o Anti-Cristo, precedido pelo seu falso profeta.

O conceito desfeito. Somente em 1992, na 57ª Assembléia foi reconhecido o engano, porém faltou reconhecer a culpa que sempre recai sobre a irmandade.
* 15 – A IMAGEM DA BESTA QUE FALA NÃO É A TELEVISÃO
No livro de Apocalipse, capitulo 13, verso 15, está escrito que foi concedido à besta que subiu da terra, que desse espírito à ima­gem da besta que subiu do mar, para que ela falasse. Essa imagem não é a televisão, como alguns, por equivoco, pensaram.

Revogue-se. Embora não vemos na prática, na teoria a proibição continua valendo já que os ensinamentos deliberados pelo Conselho de Anciães não foram revogados. A última declaração foi na Assembléia de 1997.
16 – APARELHOS DE TELEVISÃO.
Quem tem ministério não deve possuir. Entretanto, temos que ter todo o cuidado nas pregações, a fim de não atacar aparelho de divulgação e cultura do Governo. Também não se deve atacar computadores, nem denominações religiosas.
Não se deve orar para nenhum ministério na Obra de Deus se a pessoa tiver televisão.

Correção: A televisão não é um ‘fim’ diabólico, mas um ‘meio’ a serviço do homem.

A REFLEXÃO

Ótica contextual e crítica. Considerando ser a televisão uma manifestação diabólica, o crente historicamente não fez uso de tal aparelho. Passaram os anos, o conceito mudou e acabamos aderindo ao uso e consumo que silenciosamente vem moldando nossos gostos e visão, provocando em nós uma secularização fazendo-nos ficar cada vez menos sensíveis com as coisas espirituais. Surge então um crente contemporizado que prefere estar integrado ao sistema, que separado do mundo. Julga ter pensamento próprio, mas segue sempre uma diretriz, somente alternando o elemento influenciador: Vezes, o postulado encíclico dos Anciães; vezes, a cultura popular da mídia, quando deveria testemunhar firmemente a este mundo secular que a Bíblia é sua única norma de fé e prática e árbitra da sua conduta.

Conclusão: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas conveem” (1Co 6:12a). Nossa liberdade cristã, pelo princípio da licitude, nos confere a escolha de termos ou não televisão. Nossa consciência cristã, pelo princípio da conveniência, nos constrange ao discernimento e seleção do que vamos assistir.

Reflexão. Como ocorreu com a televisão, atualmente, a igreja pode estar agarrada em costumes e ensinamentos que amanhã abandonará. Aquilo que é transitório, passageiro e regional não se constitui numa autêntica doutrina bíblica que é invariável, eterna e universal.


Adivinha: Não é bicho-papão, mas mete medo e fica escondida no guarda-roupa?
Resposta: A televisão de um crente novo-convertido.
!!!
...Essa piadinha costumava ter graça há algum tempo atrás.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O tribunal do amor


Verso áureo: “Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão” (Mt 24:10).

Você pode não saber... Muitos processos correm na justiça entre nossos irmãos. Essas ações são motivadas por uma única causa – A falta de amor.

Quando os tribunais são freqüentados pelos discípulos de Cristo por estarem em litígio é porque renunciaram a lei do amor cristão. (Antonio Gilberto)

Convido o caro amigo a ler e refletir comigo o texto de 1Coríntios 6:1-9:

1.Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra o outro, ir a juízo perante os injustos e não perante os santos?

2.não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois, por ventura, indignos de julgar as coisas mínimas?

3.Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida.

4.Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes na cadeira (banco dos réus) aos que são de menos estima na igreja?

5.Para vos envergonhar digo: Não há entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?

6.Mas o irmão vai a juízo contra irmão, e isso perante infiéis.

7.Na verdade, é já realmente uma falta entre vós terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano?

8.Mas vós mesmos fazeis injustiça e fazeis o dano e isso aos irmãos.

9.Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?

Do litígio à ação (v.1). Que tenhamos ‘algum negócio contra outro’, é tolerável, porém não é admissível que isto chegue aos tribunais. Se espera dos crentes que estes se entendam antes de levar a questão adiante.

“Não sabeis” (v.2,3). Nossa posição é de Juiz. Em Cristo, a igreja julgará o mundo e os anjos.

Se nos embaraçamos com as coisas terrenas, como julgaremos as extraterrenas.

No banco dos réus (v.4). A regra é: os poderosos processarem os de menor prestígio. Nós vivemos a exceção. No nosso caso estão ‘sentando na cadeira’ ou sendo acusados “os de mais estima na igreja”.

Para vos envergonhar (v.5). O versículo alerta para o autoritarismo e o corporativismo que comprometem a imparcialidade daqueles que exercem o julgamento de causas na igreja. Quem tem poder e prestígio, tem imunidade, e acaba por cometer injustiças, ficando o prejuízo sempre com a irmandade (v.8).

Apelação (v.6). Sentindo-se lesada a irmandade acaba recorrendo à Justiça dos homens (v.6), sem considerar o ensino bíblico (v.7).

É uma falta (v.7). Nesta queda-de-braço, ambos os lados acabam desonrando a Palavra. Todos dizem defender a `Obra`, porém a vontade e o mandamento de Deus é este:  “Que vos ameis uns aos outros” (Jo 13:34). A irmandade torna-se insubmissa e o ministério autoritário.  

Injustiça e dano (v.8). O que ocorreu com a igreja de Corinto, está se sucedendo com a CCB. Os dirigentes provocam o dano à irmandade, como no caso da comum do Jardim Bandeirantes da cidade de São Carlos-SP. Precisamos entender que: Jesus deu ministros à sua igreja; não sua igreja a ministros.


A Palavra de Deus adverte: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5:2,3).

Síndrome de Caim. Infelizmente, o ódio se apossou de muitos entre nós. Sem liberar perdão, a mágoa cresce e alimenta o ódio, ocasionando-lhes muitos ‘danos’ espirituais. Duramente São João, o apóstolo do amor, repreende e adverte: “Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna” (1Jo 3:15).

O gelo. “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará” (Mt 24:12). Nessa situação como fica a comunhão na igreja? A saudação com a paz de Deus e ósculo santo se torna mero ritual hipócrita e a santa ceia o pão de condenação (1Co 11:29).

O tribunal que julgará a igreja (v.9). Essa falta coletiva será julgada um dia, “porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2Co 5:10). Leia também Romanos 14:10.

Acordo entre as partes. O perdão advindo do verdadeiro amor cristão é a ‘ação’ que precisamos mover (impetrar). Foi o Senhor Jesus que estipulou a marca do verdadeiro cristão: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13:34,35).

Reflexão. Deus nos chama a um assunto mais elevado. Não para perguntar ‘Quais são os meus direitos’? Mas refletir e aprender ‘O que é amor’? (Max Lucado)


domingo, 6 de janeiro de 2013

A leitura devocional da Bíblia



Assim falou o mestre: “Examinai as escrituras, porque cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que testificam de mim” (Jo 5:39). Tem você lido regularmente a sua Bíblia? Ou Ela é apenas um acessório para ir ao culto? Se você deseja ser bem-aventurado, comece a ler o ‘livro dos livros’ com mais empenho e amorosa dedicação.

“Conhecendo melhor o livro de Deus, conheceremos melhor o Deus do livro”

Por que estudar a Bíblia? "É na Bíblia que achamos os conselhos do Senhor, e por eles alcançamos fé em Deus o Criador" (hino 162 CCB). Não precisamos adicionar nenhuma palavra a mais a esta resposta. Nas Sagradas Escrituras está revelada toda vontade de Deus para o homem; em suas páginas encontramos a doutrina (conjunto de princípios e ensinamentos) que orienta nosso relacionamento com o Senhor, com a Igreja e com nossos semelhantes.

Doutrina bíblica pode ser entendida como o ensino da palavra de Deus, que deve ser persistente, sistemático e ordenado, cujo, principal objetivo é aprofundar o nosso conhecimento do Criador (Os 6:3), inteirando-nos de todo o conselho de Deus (At 20:27). Sem conhecimento ficamos suscetíveis ao erro (Os 4:6 – Mt 22:29). Se não conhecermos experimental e redentivamente, como haveremos de nos colocar a seu serviço? (I Sm 3:7 – Is 6:8)

O que é a Bíblia? Ao passo que lemos a Bíblia, somos constrangidos a concordar que é de fato a Palavra de Deus. Qual outro livro pode fazer semelhante reivindicação? Os atributos que a qualificam, como Palavra de Deus são:
sua inspiração – (II Tm 3:16 – II Pe 1:21);
sua inerrância – (Sl 119:7, 140);
sua infabilidade – (Dt 2:2 – I Sm 3:19 – Mc 13:31 – At 1:3);
sua completude – (Pv 30:6 – Ap 22:18,19);
sua soberania [supremacia, autoridade] – (Is 8:20; 30:21 – I Co 14:37).

Poder de Deus. Quem lê a Bíblia experimenta do poder de Deus (Rm 1:16,17) que é sempre incessante. Diz o hino 251 – “É a Palavra poderosa que faz crer na salvação; que anima, edifica e restaura o coração”. São muitos os testemunhos de conversão pela simples leitura da Bíblia. A leitura bíblica também produz avivamento, que pode ser definido como o retorno aos princípios que caracterizavam a Igreja primitiva (II Tm 3:17).

Resumindo: A Palavra vivifica o pecador e aviva o crente.

Como estudar? Devemos ter sede (Sl 42:1,2) e fome (Ez 3:3) da Palavra de Deus, ser dedicados ao seu estudo (I Tm 4:13), amá-la (Sl 119:97), guardá-la no coração (Sl 119:11) e compartilhar dela (Dt 6:6-9). Sempre lembrando que “a qualificação mais importante para o estudante da Bíblia não é a erudição, mas a rendição; não é a perícia, mas a disposição” (Martin Anstey).

Conclusão. A leitura devocional da Bíblia é uma disciplina cristã que propende à maturidade espiritual do crente (Ef 4:14-16 – I Pe 2:2). Como cristãos não podemos jamais nos afastar das Sagradas Letras; devemos, sim, dedicarmos a Elas. Maduros na fé estaremos aptos a cumprir a ordem de Jesus a sua Igreja (Mc 16:15).

Reflexão: “Pois tudo o que outrora foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança”(Rm 15:4). E então, você é contrário ou a favorável ao estudo bíblico?

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Que culto é este?


Dia de culto! O estacionamento está lotado e tantos outros vieram a pé, de ônibus ou bicicleta. E por que vieram? Vieram louvar ao Senhor. Vieram com a mesma alegria do salmista que dizia: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor”. (Sl122). As visitas se impressionam com a ordem e disciplina e perguntam: Por que adorais desse modo? Nem sempre estamos atentos para o verdadeiro significado de congregar-mos. Romanos 12:1 diz que em meio tanta emoção o louvor deve ser racional. Façamos uma explanação da liturgia e fenômenos do culto.

Verso áureo: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1Co 14:26).

Deus seja louvado. O culto cristão é a mais sublime expressão de rendição e gratidão da igreja. Seu propósito é reunirmos na fé e no amor para adorarmos a Deus, que nos fez povo exclusivo para seu louvor (Tt 2:14; Jo15:16). É nosso dever e alegria (Sl 33:1; 122:1) apresentarmos ao Senhor em profunda ação de graças, pois É merecedor de toda honra, glória e louvor.

Em nome do Senhor Jesus. Fomos justificados pela fé em nosso Senhor Jesus Cristo, por Ele temos a confiança para achegarmos a Deus (Hb10:19-22) e certeza da Sua presença (Mt 18:20). Tudo o que fizermos, façamos em nome do Senhor Jesus (Cl 3:17; Jo 14.14; Ef 5:20).

Louvemos o Senhor. O louvor expressa pela arte musical, o que Deus operou em nossas vidas. A Bíblia contêm um hinário – o livros dos Salmos. O hinário é a Bíblia cantada. A música é um subido ministério (1Cr 23:1-26:32), quando exercido com primor, enche a casa de Deus de glória (2Cr 5:12-14). Deus merece - e reivindica - uma música de excelência. "Tocai bem" adverte o salmo 33:3.

Oremos ao Senhor. A oração é o ato pelo qual o crente, através da fé em Cristo Jesus e mediante a ação intercessora do Espírito Santo (Rm 8:26,27), curva-se para:
1. Buscar a presença de Deus (Sl 27:80);
2. Dar graças pelas bênçãos alcançadas (Sl 116:12-14; Cl 4:2; 1Ts 5:18);
3. Confessar suas faltas (Dn 9:3-6);
4. Apresentar as necessidades (Fp 4:19; Ef 3:2; 1Jo 5:14);
5. Clamar pela palavra (Cl 4:3);
6. Interceder pelos outros [pedidos de oração] (1Sm 12:23; Ef 6:18).
Deus fala com seus filhos por muitas maneiras (Hb 1:1); Nos falamos a Deus, somente por uma maneira – a oração. Esta move o coração de Deus de tal forma, que O leva a operar o impossível na nossa vida. (Tg 5:15,16).

Testemunhos. A recomendação apostólica é: “Em tudo daí graça” (1Ts 5:18). É justo e agradável ao Pai Celestial, demonstrarmos nossa gratidão, com inteira humildade, testificando a toda congregação que ‘Ele está no meio de nós’. Os milagres de Deus na nossa vida são bênçãos imerecidas; assim como os recebemos por fé, produzirão fé no ouvinte por que “a fé vem pelo ouvir” (Rm 10:17). Não deixemos a timidez nos inibir, e com prontidão testemunhemos:

“Aquilo que parecia impossível; aquilo que parecia não ter saída; aquilo que parecia ser minha morte; mas, Jesus mudou minha sorte e por um milagre estou aqui. Usa-me, sou o teu milagre”. (Canto carismático)

A Palavra de Deus. “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10:17). É o momento culminante do culto. Dizemos na CCB que vamos ao culto ‘buscar’ a Palavra, ou seja, uma resposta ou confirmação para alguma causa própria; esquecemos que temos de ‘aprender’ a Palavra, como bem já orientou os anciães. Veja o que diz o tópico de ensinamento da 71ª Assembléia de 2006:

* 1 – O QUE DEVE SE ENTENDER POR “PROFECIA” (Pode-se entender doutrina).

A sabedoria de Deus no livro dos Provérbios esclarece que “não havendo profecia o povo se corrompe; mas o que guarda a lei esse é bem-aventurado” (Pv 29:18). Então, a profecia vinda de Deus, pela Sua Palavra, tem por finalidade santificar o crente e impedi-lo de se corromper.
Ainda que a profecia prediz o futuro, ela é manifestada com o intuito de convencer o crente a se desviar do mal para obter a vida eterna.
Nossa irmandade não deve buscar a Palavra pensando só no suprimento de sua necessidade material, na libertação de seus sofrimentos espirituais ou cura de suas enfermidades físicas, ainda que por estas coisas também oramos e clamamos ao Senhor. A irmandade deve dar-se por satisfeita tendo ouvido o conselho de Deus na congregação.

Buscamos a Palavra’ quando queremos uma resposta para a nossa vontade;
‘Aprendemos a Palavra’ quando queremos dar uma resposta à Sua vontade.

Liturgia compreende os componentes que ordenam o culto de adoração: oração (At 12:12; 16:16), cânticos (1Co 14:26; Cl 3:16), ofertas e coletas, testemunhos, leitura e exposição da palavra de Deus (Rm 10:17; Hb 13:7), manifestações e operações do Espírito Santo (1Co 14:26-32) e benção apostólica (Nm 6:23-27). Embora seja possível liturgia sem culto, não há culto sem liturgia. (Is 1:11-17; 29:13; Mt 15:7-9; 1Co 11:17-22). Na liturgia está implícita a invocação do Espírito Santo – a chama que dá vida à igreja.

Formalismo. Comumente confundimos liturgia com formalismo, contudo, há diferenças abismais entre ambos. A liturgia promove a espiritualização do culto edificando o corpo de Cristo. O formalismo faz do culto mero cerimonial que, embora belo, é destituído de seu real valor. A liturgia harmoniza, espontaneidade com ordem; o formalismo roteiriza o culto censurando o extraordinário. A liturgia constrange-nos a participar, o formalismo requer meramente nossa presença. Ao contrário da liturgia que anima, o formalismo petrifica a igreja.

Quando há liturgia o culto é ordinal; quando há formalismo o culto é ordinário.

Advertência. A Bíblia adverte: “Não extingais o Espírito” (1Ts 5:19). A igreja está se esquecendo do seu primeiro fervor, tornando-se cada vez mais formalista. Os ‘ensinamentos’ tem sido verdadeiros extintores do fogo divino. Se por um lado não podemos concordar com meninices, fanatismo, desordem; por outro não haveremos de nos conformar ao mero ritualismo que vem ‘esfriando’ os crentes e suprimindo a liberdade para o Espírito Santo agir na igreja.

Avivamento é o remédio contra o formalismo: “Enchei-vos do Espírito” (Ef 5:18b). É a intervenção divina e soberana na igreja em resposta ao seu clamor. É a retomada do governo da igreja, das mãos dos homems, pelo Espírito Santo. Jesus deu ministros à sua igreja; não, sua igreja a ministros (1Pe 5:2,3).

“Onde (quando) estes três não governam, é Satanás que governa, em forma de homem, para seduzir o ‘Povo de Deus’ com sabedoria humana” (Louis Francescon).

Manifestações Espirituais. O Deus invisível se mostra por sinais visíveis (Mc 16:17), as manifestações espirituais são, portanto, provas daquilo que se não vê. Resultam do cumprimento da promessa de efusão do Espírito (Jl 2:28-32). O Senhor Jesus intercedeu para que a igreja recebesse a ‘Promessa do Pai’ (Jo14:16; At 1:4), que dimanaria consolo (Jo14:26; 16:7) e poder aos seus filhos (Lc 24:49). O poder é concedido mediante o batismo no Espírito Santo com evidência inicial de línguas estranhas (At 1:8; 10:46; 1Co 14:15,26), e dos dons espirituais, que são dotações sobrenaturais do Espírito Santo sobre o crente, habilitando-o para o serviço a Deus. Daí o dito: “Deus, não escolhe os capacitados; sim, capacita os seus escolhidos”.

O batismo no Espírito Santo é a dádiva de Deus ao crente, assim como a salvação é a Sua dádiva ao pecador.

Benção final. Também chamada de Apostólica (2Co 13.13). São as palavras que despedem a irmandade (igreja) no encerramento do culto. Nesse momento nosso coração deve estar consolado, nosso ânimo fortalecido, nosso entendimento multiplicado e nossa fé renovada. Ao término do santo serviço nosso desejo deve ser o de compartilhar da nossa alegria anunciando Jesus ao pecador, como testemunhas do seu amor e fazer-lhe o convite: “Ó vinde e adoremos” (Sl 95:6).

A Paz de Deus (Cl 3.15). Congregar e cultuar confirma a ‘comunhão dos santos’, que é o elo espiritual e social entre os crentes, que promove a unidade do Espírito, preservada pelo vínculo do amor (Cl 3:14) e da paz (Ef 4:3). A comunhão da igreja testifica e constrange o mundo a reconhecer que somos discípulos do Bom Mestre (Jo 13:35).

Reflexão. “Que culto é este?” (Ex 12:26). Perguntavam as crianças de Israel a seus pais, diante do profundo significado da páscoa hebraica, que lhes ensinavam narrando os acontecimentos que deram origem ao rito. Estamos - ou estaremos - nós também aparelhados a explicar aos nossos filhos a importância do culto cristão?