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sábado, 8 de maio de 2010

Vós, ó jovens, não deveis ceder!


NÃO FORNICARÁS (parte 3/4)

Boa pergunta. Vimos que o sexo pré-conjugal constitui o pecado de fornicação e que suas conseqüências são amargosas, no entanto, testemunhamos o aumento da promiscuidade que é vista com naturalidade por muitos. Com toda informação que os jovens tem hoje e com tanta aceitação e pressão da sociedade, será possível um rapaz ou moça permanecerem castos? O salmista fez uma pergunta similar: “Como purificará o mancebo o seu caminho?” (Sl 119;9).

Excelente resposta. “Observando-o conforme a tua palavra”. Para vencermos a tentação precisamos observar conforme a Palavra de Deus. Todavia, não falamos apenas de um conhecimento teórico, mas principalmente de uma postura ética, de uma consciência moral e de uma atitude firme. Tomemos como exemplo a atitude do salmista: “Escondi a tua palavra dentro do meu coração para não pecar contra Ti” (v.11); sua oração: “De todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos” (v.10); sua sede de aprender: “Bendito és Tu, ó Senhor; ensina-me os teus estatutos” (v.12); e de viver conforme a Palavra: Em teus preceitos meditarei, e olharei para os teus caminhos. Recrear-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra” (v.15,16).

Se teu olho te escandalizar... Para ‘esconder’ a Palavra de Deus dentro do coração como fez o salmista, você precisa primeiramente conhecê-la, o que pode ser feito pela leitura devocional da Bíblia, pelo louvor com atenção às palavras dos hinos e ouvindo a pregação da Palavra. Por outro lado, ler, ouvir ou ficar vendo qualquer matéria sexualmente estimulante, colocarás outras coisas no teu coração que aguçarão o ‘apetite (sexual) desordenado’ que o induzirá ao pecado. O que os olhos não vêem a mente não deseja. Segundo a Bíblia não devemos estimular, mas mortificar nossos membros para o pecado: “Mortificai pois os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria” (Cl 3:5).

O bom combate. Sentir o impulso sexual não é pecado. Muitos jovens religiosos sentem-se culpados por terem excitação e atração sexual. Estudantes e candidatos á padre ficam atormentados com isso. Na verdade isto é bem natural e a libido será necessária para vida conjugal. É preciso discernimento e bom senso e combater somente aquilo que precisa ser combatido. Para combater um bom combate, não gaste munição desnecessária. “Não podemos evitar que as aves voem sobre nós, mas podemos evitar que façam ninhos em nossas cabeças” (Convenção 36)

Segundas as intenções. Quando a esmola for demais desconfie. Alguns superiores tem por tática fazer premiações às suas subordinadas para mais tarde por meio de chantagem assediá-las. Confusas muitas acabam cedendo. Isto é crime. Um sedutor pode ser muito convincente, podendo mesmo dar demonstrações teatrais de amor. Amnom desejava muito a atenção de Tamar, dizia-se apaixonado por ela. Tentou de tudo para conquistá-la. Quanto mais era rejeitado, mais se empenhava em seduzi-la. Vendo que não era correspondido, fingiu estar doente e fez greve de fome para que Tamar viesse prestar os cuidados médicos. Estando os dois a sós no quarto, o jovem príncipe revela que todo teatro foi por ela e a força deitar-se com ele. Depois de conhecer a bela enfermeira, o conquistador passa a vê-la somente como mais uma na sua lista e a despreza. Leia esta história em 2 Samuel 13: 1-22.

Máquinas mortíferas. O automóvel é o sonho de consumo de muitos rapazes porque acreditam que esta máquina atrai ‘outras’. Os homens adquirem mais confiança conduzindo um automóvel que parece ter um efeito hipnotizador sobre as mulheres - 'Com um carro qualquer homem fica mais bonito' – dizem elas. Há quem prefira as motos; a velocidade proporciona sensação de liberdade e enfrentar o perigo, de euforia. 'A gata quer dar uma voltinha?' - Aceite o convite e a seqüência que se segue é esta: aventura-velocidade-adrenalina-sexo.

Tempo de afastar-se de abraçar. Reconhecer as intenções de um(a) sedutor(a) barato, evitar situações que induzam ao pecado, ou não alimentar a mente com pornografia é muito válido; A maior incidência de experiências sexuais juvenis na igreja, no entanto, é verificada nos namoros prolongados. O tempo faz aumentar a confidência e intimidade entre os pares. Bem seguros do amor um pelo outro, as carícias podem deixá-los ‘abrasados’ empurrando-os para a fornicação.

Cegos de amor. Já vi casais de namorados que pareciam inseparáveis desmancharem o noivado com o casamento à vista; descobre-se mais tarde que aquela repentina mudança de comportamento deveu-se a uma inédita e única experiência sexual. Todavia o que geralmente acontece, é que a paixão não os deixa ver que erraram e por não se sentirem acusados, não se retratam com Deus. Os olhos vendados espiritualmente deixaram a mente cauterizada. É como dizem: 'O amor é cego'.

Paz, sublime paz. Chegar ao casamento casto(virgem) é uma vitória para a mocidade cristã. Esta é a verdadeira prova de amor que um pode dar ao outro. Ao se casarem colherão os frutos por terem vencido a tentação com autocontrole e com a ajuda de Deus. O Senhor poderá usá-los confiando algum ministério. O salário do pecado é a morte; a recompensa da castidade juvenil é a paz. Ao viverem a vida a dois usufruirão dessa paz, compartilharão de respeito mútuo e sentirão gratidão dando honras a Deus.

Lembre-se:

Se vier o tentador com blandícia vos tentar,
Incitando-os a males cometer;
Recorrei ao Salvador, Ele vos virá livrar,
Vós, ó jovens, não deveis jamais ceder.

Continua...

Estrofe de um hino das reuniões de jovens da CCB
Uol-Michaelis. Blandícia: Afago; Carinho; Brandura