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terça-feira, 15 de maio de 2012

Cresci... E agora, o que ser?



O que vai ser quando crescer? Eu vou ser... Quando crianças, cheios de sonhos, imaginação e inspirados nos nossos heróis - o astronauta que viaja ao espaço, o bombeiro que salva as pessoas, a professora carinhosa que alfabetiza, a bailarina graciosa que fica nas pontas dos pés - respondíamos com tanta empolgação a quem nos fizesse essa pergunta. Os anos passaram e você cresceu. Agora precisa decidir o que será na vida.

Como nossos pais. Nossos pais trabalham e um dia haveríamos de trabalhar também - Esta lição nos foi ensinada bem cedo, ainda no colo da ama quando cantava: “Mamãe foi pra roça, papai foi trabalhar”. Antigamente os segredos e os macetes de uma profissão eram passados de pai para filho. Um vínculo afetivo se formava: Papai, quando eu crescer quero ser igual ao senhor!” O Senhor Jesus aprendeu com seu pai José o ofício de carpinteiro. Hoje nossos mestres estão nos centros de ensino.  Ainda há muitos que trilham pelas pisadas dos pais. Outros recebem deles o apoio para traçar seu próprio caminho.

Dura realidade. Partindo da canção de ninar e após passarmos pelo sonho de criança,    chegaremos à realidade do mercado de trabalho. Enfim, arregaçamos as mangas e vamos atrás de uma ocupação para ajudarmos em casa ou custear os estudos. Agarramos o primeiro serviço que aparece porque ainda não temos profissão e qualificação. Ora, todo emprego é digno e devemos ser gratos. Portanto, esforce-se em mantê-lo.

O primeiro emprego. Este tem sido o fator mais influenciador na escolha de uma carreia. Estando atuando em algum ramo profissional, o jovem naturalmente, tomará a decisão de se qualificar e seguir nesta área. É uma decisão sensata. Não podemos dizer que foi errada. Mas é então que enterramos nossos heróis. Os meninos deixam de sonhar com o espaço e as meninas descalçam seus pés e trancam as sapatilhas de ballet em algum armário escuro da memória.

O sonho de criança“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino” (1Co 13:11). Será que o sonho de menino era apenas uma fantasia? Penso que este pode ser uma seta indicando na direção da nossa vocação profissional. Creio que cada um de nós recebe um talento ao nascer e que precisamos caminhar na estrada rumo ao descobrimento dessa vocação.

Você será... Na Bíblia, Adão recebeu a tarefa e imaginação para dar nomes aos animais. Seus filhos: Caim aprendeu de Deus como lavrar a terra, e, Abel a pastorear ovelhas. Enquanto Jabal “foi o pai dos que habitam em tendas e têm gado, seu irmão Jubal “foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão”, compôs as primeiras cantigas e inventou os primeiros instrumentos musicais. Tubalcaim “foi mestre de toda obra de cobre e ferro” (Gn 4:20,22). E você sem dúvida se lembra de como Noé se tornou engenheiro naval. Paremos nestes exemplos.

Qual é o propósito? Penso eu: Deus nos dotou de capacitações para desempenharmos papéis ou funções na sociedade. Para com nosso talento servirmos ao semelhante, contribuir para o bem estar comum e integrar a sociedade. Isto nos dá satisfação e amor próprio. Nos    sentimos úteis como cidadão e realizados como pessoa. Bem diferente da ditadura imposta pelo mercado que nos escraviza, induz à uma competição selvagem, muitas vezes injusta, que mais pune que recompensa. Também distorce a visão de sucesso, ensinado que ser bem-sucedido é ter mais que o outro.

Tudo é vaidade. Um emprego bem que pode trazer riqueza e reconhecimento, mas não pode satisfazer as necessidades espirituais de uma pessoa (Mt 16:26).  Assim a satisfação escapa àqueles que edificam a vida inteiramente em torno da realização secular e na aquisição de bens materiais. O rei Salomão expôs a futilidade do mero sucesso econômico. Ele almejou e adquiriu muitas coisas, mas no final concluiu: “E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade* e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol” (Eclesiastes 2:11). *Compreendi que tudo era ilusão, diz a Nova Tradução na linguagem de Hoje

Enfado da carne. O estudo é muito importante. Todavia, “o muito estudar, enfado é da carne” (Ec12:12), disse o mesmo Salomão. Há muita vaidade na hora de fazer faculdade. Opta-se por cursos de nomes chiques que dão status. Algumas poucas profissões são disputadas e muitas outras desprezadas. Por isso, mesmo com diploma,  depois não  aparece a oportunidade. A menina que sonhava ser professora; estudou pra ser analista; acabou como balconista. E vemos a bravura do bombeiro se transformar na frustração do engenheiro. Quem pode estudar aproveite, mas não fique escravo dos livros porque aprender não tem fim “ e não há limites para fazer livros” (Ec 12:12).

Com o suor do rosto. Antes da queda, Deus sustentava o homem como a uma criança que precisa receber alimento na boca, mas depois do pecado sentenciou: “Maldita é a terra por causa de ti; com trabalho comerás dela todos os dias da sua vida... No suor do teu rosto comerás o teu pão” (Gn 3:17,19). Por isso, alguém chega a classificar o trabalho como um castigo de Deus. Entendam como queiram, mas sabemos que Deus é amor e reverteu sua sentença em algo enobrecedor e nunca deixou de ser o grande YAWEH JIREH – o Deus da provisão.

Profissão: Mulher, mãe e dona-de-casa. Lavar, passar, costurar, cozinhar, limpar, criar, educar, dar atenção ao marido, estar sempre bela. Qualquer homem esmorece frente ao serviço do lar, mas não são todos que reconhecem e valorizam suas esposas. Novamente aparece o conceito de castigo. Foi assim que a mulher foi punida no Éden: E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor (teu trabalho) e a tua conceição; com dor terá filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará” (Gn 3:16). Se isto é condenação por que o casamento é o dia mais e importante para uma mulher? Ter filhos é o que mais a realiza? E fazer da casa um lar, doando vida e dedicação lhe traz mais vitalidade? Merecidamente, as mulheres conquistaram seu espaço profissional. No entanto, tenho lido que muitas moças confessam que não pretendem seguir uma carreira - assumiram a condição de Amélia - porque não carecem de outra ocupação para se sentirem realizadas. Serão felizes edificando sua casa com sabedoria. Parabéns! Não há nada de errado nisso. Leia Provérbios 14:1.

Qual é o seu talento? Permita-me dar este exemplo: Dia destes, assisti com meus filhos uma animação da Tinker Bell (a Sininho) que contava a história de uma fadinha que desprezava o talento recebido ao nascer. Invejava as habilidades das outras fadas e procurava provar que poderia executar outros serviços. Atuando numa área que não a sua, mostrava-se toda atrapalhada e meteu-se em várias confusões. Ao voltar-se humilde para desempenhar a função para qual nasceu, conseguiu salvar a primavera e evitar uma catástrofe natural.

O sonho não acabou. O que será agora que cresceu? Descubra sua vocação e sua vida será extraordinária. Trabalho não é castigo é benção; não é competição é cooperação. Na hora de prestar vestibular ou decidir-se por uma carreira, não pergunte o que está dando mais dinheiro, consulte o seu coração. Tantos tiveram a coragem de lagar tudo e enfrentar a todos para seguir a carreira que lhe estava proposta. Ao realizarem o sonho de infância deixaram de ser mais um profissional naquela área e passaram fazer a diferença naquilo que eram talentosos. Todos somos bons em alguma coisa. A sociedade precisa do seu talento. Boa sorte! Bom serviço!

2 comentários:

  1. Perdoe-me mas o texto referido na parte "O sonho de criança" é 1CO 13:11!

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    1. Verdade, obrigado! Devo ter me distraído em digitei 11:11. Vou corrigir

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