NEYMAR
chorou! O garoto irreverente, brincalhão, mas sempre educado, não agüentou ao
toque do hino nacional na partida em que se despediu do time de Vila Belmiro
que o acolheu desde os 11 anos; e chorou.
O
menino de cabelo “moicano”, que todos vimos crescer; influenciando toda uma
geração de jovens a prática do esporte, mantendo distância de drogas e crimes;
agora persegue novos desafios no Barcelona.
Os
milhões que se investe em atletas, num país onde muitas famílias vivem com um
salário mínimo, onde jovens sonham com uma faculdade e não conseguem; idosos
morrem em macas de hospitais, sem atendimento e sem remédio, é algo
preocupante; mas assunto para outro momento.
Mas
o Hino Nacional também me emociona! Servi numa Unidade Militar, Companhia de
Comando e Serviço, e obrigatoriamente participava da parada militar; uma das
rotinas da caserna onde a guarnição que entra de serviço é avaliada; leitura da
Ordem do Dia, solenidades, condecorações, luto, cursos, e as despedidas com
canções que marcam profundamente. Depois vieram os filhos e suas formaturas
desde a pré-escola até a universidade; e haja coração!
O
hino nacional nos une, fala da Pátria e de sua história, e através dele
expressamos nossa gratidão por nascer e viver num país livre. Mas não
idolatramos. Naquela estrofe onde se canta: “Ó Pátria amada idolatrada, salve,
salve”, eu sempre canto: “Ó Pátria amada, sempre amada, salve, salve”, e é
assim que eu gostaria que fosse.
Nossa
herança judaica não nos permite idolatrar qualquer nação ou sistema de governo.
Foi assim no Egito, na Babilônia, na Pérsia, Grécia, Roma, União Soviética e
por fim na Alemanha Nazista, onde 6 milhões de judeus, e muitos cristãos,
morreram porque se recusaram a saudar: Heil Hitler ("Salve Hitler").
Sabemos
que interesses sociais, econômicos e políticos estiveram envolvidos, mas o
componente religioso e a fidelidade a um Deus único sempre esteve presente.
Mardoqueu, na Pérsia, colocou em risco a sobrevivência de todo o seu povo, mas
não se curvou a um sistema idólatra ditatorial que zombava de Jeová e do seu
povo. Deus enviou livramento.
Devemos
amar a nossa Pátria e participar da vida nacional, mas a melhor maneira de ser
patriota e demonstrar o nosso amor é vivendo uma vida digna, dando sempre a
“Cesar” o que é de Cesar, mas a Deus o que é de Deus.
Por
outro lado, devemos respeitar e defender o direito daqueles que por questões de
consciência se recusam a pegar em armas, saudar a bandeira e hinos. Nossa
preocupação deve ser com os que a saúdam com a mão no peito, perfilados; e a
rouba; com os que pegam em armas para assassinar friamente pessoas.
Mas
eu fiquei meditando sobre alguns filhos de pais crentes; e outros que
experimentaram o amor de Deus em Cristo; e hoje, “desviados ou ausentes”, como
conseguem ouvir os hinos de “Sião” e o coração não sente aquele aperto!?
Os
exilados em Babilônia tiveram um “nó na garganta”, e no salmo 137 exclamam:
Como entoaremos o cântico de Jeová em terra estranha!? E ansiavam por voltar a
Sião; o centro de adoração e símbolo da presença de Deus. Que “exilados”, forçados
ou voluntários, sintam o mesmo, e voltem a viver em comunhão com os que amam a
Deus; e voltem a entoar os cânticos de Sião.