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terça-feira, 28 de maio de 2013

NEYMAR chorou!



Por: Alceu Figueiredo

NEYMAR chorou! O garoto irreverente, brincalhão, mas sempre educado, não agüentou ao toque do hino nacional na partida em que se despediu do time de Vila Belmiro que o acolheu desde os 11 anos; e chorou.

O menino de cabelo “moicano”, que todos vimos crescer; influenciando toda uma geração de jovens a prática do esporte, mantendo distância de drogas e crimes; agora persegue novos desafios no Barcelona.

Os milhões que se investe em atletas, num país onde muitas famílias vivem com um salário mínimo, onde jovens sonham com uma faculdade e não conseguem; idosos morrem em macas de hospitais, sem atendimento e sem remédio, é algo preocupante; mas assunto para outro momento.

Mas o Hino Nacional também me emociona! Servi numa Unidade Militar, Companhia de Comando e Serviço, e obrigatoriamente participava da parada militar; uma das rotinas da caserna onde a guarnição que entra de serviço é avaliada; leitura da Ordem do Dia, solenidades, condecorações, luto, cursos, e as despedidas com canções que marcam profundamente. Depois vieram os filhos e suas formaturas desde a pré-escola até a universidade; e haja coração!

O hino nacional nos une, fala da Pátria e de sua história, e através dele expressamos nossa gratidão por nascer e viver num país livre. Mas não idolatramos. Naquela estrofe onde se canta: “Ó Pátria amada idolatrada, salve, salve”, eu sempre canto: “Ó Pátria amada, sempre amada, salve, salve”, e é assim que eu gostaria que fosse.

Nossa herança judaica não nos permite idolatrar qualquer nação ou sistema de governo. Foi assim no Egito, na Babilônia, na Pérsia, Grécia, Roma, União Soviética e por fim na Alemanha Nazista, onde 6 milhões de judeus, e muitos cristãos, morreram porque se recusaram a saudar: Heil Hitler ("Salve Hitler").

Sabemos que interesses sociais, econômicos e políticos estiveram envolvidos, mas o componente religioso e a fidelidade a um Deus único sempre esteve presente. Mardoqueu, na Pérsia, colocou em risco a sobrevivência de todo o seu povo, mas não se curvou a um sistema idólatra ditatorial que zombava de Jeová e do seu povo. Deus enviou livramento.

Devemos amar a nossa Pátria e participar da vida nacional, mas a melhor maneira de ser patriota e demonstrar o nosso amor é vivendo uma vida digna, dando sempre a “Cesar” o que é de Cesar, mas a Deus o que é de Deus.

Por outro lado, devemos respeitar e defender o direito daqueles que por questões de consciência se recusam a pegar em armas, saudar a bandeira e hinos. Nossa preocupação deve ser com os que a saúdam com a mão no peito, perfilados; e a rouba; com os que pegam em armas para assassinar friamente pessoas.

Mas eu fiquei meditando sobre alguns filhos de pais crentes; e outros que experimentaram o amor de Deus em Cristo; e hoje, “desviados ou ausentes”, como conseguem ouvir os hinos de “Sião” e o coração não sente aquele aperto!?

Os exilados em Babilônia tiveram um “nó na garganta”, e no salmo 137 exclamam: Como entoaremos o cântico de Jeová em terra estranha!? E ansiavam por voltar a Sião; o centro de adoração e símbolo da presença de Deus. Que “exilados”, forçados ou voluntários, sintam o mesmo, e voltem a viver em comunhão com os que amam a Deus; e voltem a entoar os cânticos de Sião.

domingo, 26 de maio de 2013

Beijo na boca é coisa do passado


Por: Martorelli Dantas - Dir. Acadêmico CEDEPE (extraído do Facebook)

Beijo na boca e seio na mão
Às vezes me pego refletindo sobre o caráter arbitrário da moralidade evangélica. Segundo a regra da maioria das igrejas que eu conheço, um casal de namorados pode se beijar na boca, mas é errado o rapaz passar as mãos nos seios da moça. O que é mais íntimo invasivo e perigoso? O que tem o condão de por em risco a saúde de ambos, o beijo ou a carícia?

A impressão que fica, é que alguém delineou uma série de “pode” e “não pode” e não sente a menor necessidade de dar explicações a quem quer que seja, sobre a razão de fazer ou deixar de fazer alguma coisa. É puro ato de poder. E não me queixo disso, porque de resto, toda moralidade é fruto de uma tradição, que em última instância é auto-justificativa.

O mais me irrita é quando alguém argumenta que o namoro cristão deve ser segundo os padrões da Bíblia. A sociedade bíblica (que não é a que imprime Bíblias, é a dos tempos em que a Bíblia foi escrita) não conhecia a instituição do namoro. Os jovens eram prometidos ainda crianças e se casavam no início da adolescência. Nada de beijos e sarrinhos. As meninas usavam véu e quando o noivo via pela primeira vez o rosto, via o resto.

Nenhuma denominação que eu conheço, impõe que as moças usem véu sempre que aparecerem em público (não apenas quando estiverem no templo, como me parece fazer a Congregação Cristã do Brasil). Logo, o que temos no meio evangélico é aquela velha vontade de controlar (pensam que controlam) o comportamento das pessoas. Claro que há que se ter uma moral e que conheçamos limites em nossas ações, mas esta é uma tarefa da família, uma questão de educação doméstica, em última instância.

Bom seria que ao invés de nos esforçarmos para por freios nas mãos dos meninos (o que é interessante, uma vez que tenho uma filha de 14 anos), os ensinássemos a por freio na língua. Não para proibi-los de beijar, mas para ensinarmos a falar a verdade com respeito e consideração. A não deixar que a sua boca seja instrumento do diabo, machucando, humilhando ou difamando alguém que é filho de Deus, tanto quanto você e eu.

A meu filho Thiago Martorelli e minha filha Thainá Martorelli deixo o seguinte recado: nunca toquem nem permitam que ninguém lhes toque, sem que isto seja feito com respeito e máxima consideração, em tempo e lugar adequados para isso (que sempre poderá ser a minha própria casa). A intimidade sexual é sagrada, o que significa dizer que não deve ser tratada como algo comum, como um aperto de mãos. Só desabotoem a blusa se estiverem dispostos a desabotoar o coração também.

Mas o quando e com quem, será uma decisão de vocês e vejam em seu pai alguém que torce para que vocês tenham na vida todo o prazer que Deus nos fez pra ter, sem usar nem se deixar usar por ninguém, sem carregar o fardo da “culpa de existir”, apenas caminhando juntos, vendo em cada pessoa, que de vocês se aproximar, a face de Cristo.

Comentário: Seu pai é aberto assim? Poucos pais conversam com os filhos sobre certos assuntos, mas este é chocantemente moderninho para os padrões evangélicos, mas será que ele não tem alguma razão? Todos sabemos que o namoro hoje em dia tem contato, tem toque, tem carícia e não fica só no "andar de mãos dadas", mas fingimos que fica. Hoje o namoro da mocidade é mais livre do que foi o namoro de seus pais, a intimidade está sendo vista como algo natural e não como 'coisa do mal'. O grande dilema dos pais foi se poderiam beijar, enquanto hoje discutem se os filhos podem apalpar. 
   Um pai permitindo intimidade na própria casa; aconselhando que a mão não será tão boba se a cabeça estiver no lugar certo; dizendo ao filho e à filha que poderão desabotoar a blusa se o coração já estiver aberto - Os jovens desejam pais mais liberais, mas ficam(os) chocados ao ouvir um, demonstrando que não estão prontos para terem um (como não estou pronto para ser um).
   A igreja e suas regras podem falhar, como o Sr Martorelli comentou, quanto mais as opiniões pessoais. Por isso, devemos sempre nos guiar pela imutável Palavra de Deus, esta sim, é a nossa única e perfeita guia de fé e conduta que nunca falha.

Pai corrigindo filha pega namorando
Beijo na boca é dilema do passado... Assim como esta cena.

Leia também: "É Primavera! É tempo de namorar"