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terça-feira, 13 de março de 2012

O pecado por um fio

“Vede, isto tão somente achei: que Deus fez ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções” (Eclesiastes 7:29).

‘Assim... eu sou uma futura organista, sempre respeitei muito a Palavra e as doutrinas. Hoje estou solteira, mas há alguns meses atrás estava namorando um jovem que é auxiliar (líder de jovens). Terminamos o namoro,  mas não conseguimos nos afastar. Mesmo sem estar namorando, quando dá certo, nos encontramos. Nos falamos todos os dias por telefone; algumas vezes ele se masturba do outro lado da linha e a mesma coisa eu. Eu tento parar mas quando ele pede eu não consigo recusar... Estou aflita com a situação, não sei se voltaremos a namorar e um dia nos casar. O desejo toma conta de nós, mas, mesmo assim, não saímos da casa do Senhor de maneira nenhuma. Será que estamos pecando quase todos os dias? Ainda nos resta salvação ? Por favor, sua opinião’. (nome preservado)

Correio secreto. Foi-se embora os tempos nos quais os namorados para amenizarem a saudade um do outro e exprimirem sentimentos secretos, escreviam cartinhas de amor. Junto com as palavras escritas, desenham corações e no lugar da assinatura: ele pingava uma gota do seu perfume; ela deixava a impressão dos seus lábios. Que sensação agradável, cheirar o papel ou beijar a marca de batom. Agora, na era do celular e da Internet, os namorados fazem mais do que declarações - praticam tele-sexo e sexo virtual.

Tele-sexo e sexo virtual é usar o telefone e a Internet, respectivamente, para conversar explicitamente sobre assuntos de cunho erótico com o objetivo de produzir excitação mútua, servindo de apelo sensual ou compensação para casais que estão distantes. Se o primeiro depende da audição, o segundo contempla a visão. Enquanto um depende da imaginação, o outro se vale da exibição. É um incremento à masturbação ou uma burla do ato sexual.

Dos males o menor. Essas formas contraídas do sexo, ou expandidas da masturbação, tornaram-se muito populares. Há que a defenda como maneira segura de satisfação sexual. “É o modo mais seguro de se fazer sexo, não se corre nenhum risco de contrair uma gravidez ou uma DST”, argumentam. Preservar a virgindade é outro fator que alicia as moças a tal prática. "Não nos expomos e nínguém fica sabendo de nada", reforçam. Mesmo que não haja contato físico, significa isso que não nada de errado em praticar estas modalidades? Ou que são moralmente certas?

O pecado por um fio. Tanto as emoções como as pressões com relação ao sexo, são especialmente fortes na juventude. Constitui um desafio para a mocidade “possuir o seu vaso (corpo) em santificação e honra” (1Ts 4:4). É fundamental para desenvolver um conceito saudável e equilibrado sobre o sexo que o indivíduo aprenda a lidar e controlar seus impulsos sexuais. Conversas excitantes e exibicionismo, no entanto, ensinam a dar vazão a tais impulsos. A Bíblia ensina que a intimidade sexual deve ser usufruída apenas por pessoas casadas. A mocidade está, portanto, driblando as regras do jogo (trapaceando), ao desfrutar destas emoções que não lhe são de direito e não lhe convém. Indo de encontro ao conselho bíblico:

“Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite[sexual] desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria” (Cl 3:5).

Namoro ou o quê? O que estão fazendo não tem outro nome senão telesexo. Primeiro vocês terão que definir que relação é esta – Estão namorando ou não? Esta indefinição não é própria dos filhos de Deus, pois a Palavra de Deus ordena: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna” (MT 5:37). Ao contrário nada dará certo ou irá bem na sua vida, porque: “O homem (ou mulher) de coração dobre [de duplo ânimo; vacilante entre dois sentimentos; indeciso; leviano] é inconstante em todos os seus caminhos” (Tg 1:8).

‘A indecisão e a volubilidade são expressões da alma que, não só atrasam, como infelicitam a vida. O indivíduo que possui tais características será um eterno insatisfeito, manifestando inconstância em todas as situações. Somente a perseverança, a firmeza e o amor darão à pessoa uma diretriz segura, permitindo-lhe equilíbrio, otimismo e serenidade, em todas as circunstâncias que a vida se lhe apresente’ – Luiz R. da Cruz

Os manos pedem... O homem buscando satisfazer seus próprios interesses, egoisticamente, sempre forçará alguma situação. É como se fosse um teste. Mas veja a ironia: quando for se casar, decidirá por aquela que é “santinha” aos seus olhos. Quando a moça corresponde a todos os pedidos ou seduções do rapaz, ele começa a ter desconfianças a seu respeito e, por fim, acaba se desencantado dela. Pense nisso!

As minas ‘da’... Percebo o quanto está apaixonada. Seu amor e esperança que o namoro dê certo, a fazem ceder aos caprichos e vontades dele. Ele a tem quando quer. Você dá o que ele pede. Se assim é na indefinição, como será na confirmação? Bem sei que no fundo, você gostaria que ele te amasse, protegesse e confortasse, não que a usasse. Tome cuidado para não se desiludir. Essa inquietação que a está angustiando pode ser o princípio do processo de arrependimento.

A leviandade da paixão. A leviandade faz que muitos rompam e reatem o namoro constantemente. O leviano não assume o relacionamento, mas também não libera o parceiro; demonstra ciúmes, mas não expressa amor. O verdadeiro amor "não trata com leviandade, não é egoista, não se porta com indecência, não busca seus interesses, não suspeita mal" (1Co 13:4,5). 


A segurança do amor. Se ele realmente se importasse com você, a resguardaria e não a testava. Daria prova e não te colaria à prova. Sei que vale muito um amor, mas está na hora de você se dá mais valor. Mesmo que tenhas amor pra dar e vender, não pode amar pelos dois. Não busques mais estas ‘invenções’ porque bom mesmo é receber - e ser correspondida. Se andares no temor da Palavra e guardares os seus conselhos, breve Deus lhe preparará um amor verdadeiro. Terás a alegria e a segurança de dizer: “O meu amado é meu, e eu sou dele” (Ct 2:16).

São muitas invenções. As cartas de amor não são mais o meio de comunicação preferido entre os casais e pretendentes que se acham distantes um do outro. As inovações tecnológicas nos permitem invencionices pecadológicas. Seja por diversão; seja por profissão. Mesmo pessoas casadas aventuram-se nessas experiências e perguntam se é traição. As novidades e invenções humanas têm o propósito de burlar os preceitos divinos, para que não sintamos culpados ao infligirmos. Com quem acham que estão lhe dando? A quem pensam que estão enganando? Podem os intentos do homem contra os desígnos de Deus?

"Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós" (1Jo 1:8)

Há só uma solução. Muita confusão tem havido quanto aos 'pecados virtuais'. Mas quem busca as mesmas conveniências do sexo, haverá também de esperar as mesmas consequências. Felizmente servimos um Deus invisível, porém verdadeiro, que dá perdão real para o pecado virtual.


"Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1Jo 1:9)

Não é esta a proteção contra o sexo virtual, e sim a oração e vigilância


terça-feira, 6 de março de 2012

O direito de namorar (em paz)


'A Paz de Deus,
Bom, tenho a seguinte pergunta: Com os ensinamentos aprendemos que não podemos andar a sós com nossos namorados ou namoradas, e com isso acaba gerando algumas dúvidas. Não podemos sair e ter um tempo a sós?' (Bruna Carolina)

Claro que sim, Bruna! Não há nada de errado em desejar - e ter - um pouco de privacidade. É justo e necessário que os casais de namorados tenham momentos a sós. Quando o rapaz e a moça saem juntos, têm eles boa oportunidade para se conhecerem melhor. Além de desfrutarem da companhia um do outro e compartilharem afetos e atenção, as intenções de cada um será declarada, os planos para o futuro serão discutidos, e metas serão traçadas. Coisa que as formalidades e cortesias do início do namoro não permitem.

Relação de confiança. Os pais devem permitir que seus filhos saiam para se divertirem e namorarem. Por outro lado, os jovens, hão de compreender, que seus pais só lhes querem o bem. Não devem, portanto, se irritarem com as regras impostas por eles. Antes, é sábio ouvirem os conselhos e corresponder à confiança deles (Pv 10:1). Se o formalismo das apresentações e do ambiente familiar pode ser deixado um pouco de lado quando saem juntos, os princípios familiares e cristãos, não. Você é valiosa para seus pais. Diz a Bíblia: “Coroa dos velhos são os filhos dos filhos, e a glória dos filhos são seus pais” (Pv 17:6). É com este zêlo que tua mãe te aconselha e que teu pai te censura. Medite também em Efésios 6:1-4.

Conselho de mãe. As mulheres de modo geral são muito intuitivas. Assim não é nada prudente desconsiderar os avisos de sua mãe. Mesmo que estiver sol, leve o guarda-chuva se tua mãe mandar. O que quero dizer é: “não desprezes a instrução de tua mãe. Porque diadema de graça serão para tua cabeça, e colares para o teu pescoço.” (Pv 1:8-9). O rei Lemuel dispunha de muitos conselheiros, mas foram os conselhos de sua mãe que fizeram dele um excelente governante (Pv 31-1-9).

Conselho de pai. É com preocupação de pai, que os ministros da igreja estabeleceram alguns ensinamentos (regras de conduta). Quando os ensinamentos orientam para não ‘andar a sós’, é um conselho para os namorados não se isolarem ao saírem juntos. A intenção é prevenir que a mocidade se coloque em situações ou ambientes que possam criar condições propícias para o pecado. Se a mocidade respeita certas regras sociais de etiqueta no namoro para ter boa imagem, haverá também de guardar os ensinamentos da igreja e os conselhos da palavra de Deus para preservarem a integridade cristã e conservar puro o seu caminho (Sl 119:9).

A voz do meu amado. Sulamita foi convidada por seu namorado a passear com ele no bosque, para que pudessem apreciar juntos o desabrochar das flores e outras belezas do início da primavera (Ct 2:10-13). O passeio parecia ser muito agradável. Mas era tão romântico quanto perigoso. Ao aceitar o convite que parecia irrecusável, Sulamita cometeu dois erros: Ir a sós para um local afastado e isolado; Abandonar sua tarefa de guardar a vinha até ao meio-dia. Talvez sejam os motivos por que seus irmãos se indignaram contra ela e como castigo a fizeram trabalhar, ao sol, o restante do dia (Ct 1:6). Algumas vezes, enquanto a voz do teu amado diz: “Levanta-te, amiga minha, formosa minha, e vem” (Ct 2:10); A voz de QUEM te ama diz: Não vá.

No escurinho do cinema. Os casais de namorados costumam ser criativos também. Certa vez fomos em grupo passear num shopping. Não podia compreender como num lugar com tantas atrações, um casal de namorados preferiu ver um filme horrível que já estava saindo de cartaz. Quando terminou, vi que foram os únicos que assistiram à sessão. Então percebi o quanto fui ingênuo e entendi porque fizeram questão de ver um filme de pouca bilheteria.

Direito e certo. Para terminar, use bem o direito de ficar a sós com o namorado. Sim, temos o direito ao namoro e a responsabilidade de usar corretamente esta liberdade. Sempre que sair:

- Mantenha a conversa em nível edificante;
- Não beba. Sob o efeito do álcool, as pessoas perdem a inibição e o discernimento;
- Vista-se com modéstia para que suas roupas e decotes não insinuem algo que não queira;
- Evite situações que possam levar a agarramentos e toques sexualmente estimulantes;
- Ouça os conselhos e respeite os ensinamentos;
- Obedeça as regras colocadas por seus pais, como chegar na hora combinada;
- Façam atividades que não os isolem dos outros;
- Não permita que ele, com pretexto de ‘conversar’, estacione o carro em local ermo;
- Não se esqueça de que: "Somos jóias preciosas da coroa do Senhor";
- Lembre-se: Ao Senhor, agradeçamos o direito ao namoro com um namoro direito. Assim teremos paz no relacionamento e no coração.