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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Namorados que se masturbam cometem fornicação?


ApdD...td bem? Meu nome é...(Preservado), tenho dúvidas sobre a minha relação com o meu namorado. Já namoramos há 2 anos. No começo eu não era batizada e a gente dormia juntos e tudo mais. Mas agora eu batizei e sei que não posso mais fazer sexo com ele. Meu namorado foi criado na graça, mas ainda não é batizado. Minha dúvida é a respeito de até onde eu posso chegar, mas ninguém explica nada para a gente. O que estou querendo dizer é que quando nós transávamos antes do batismo, ocorriam vários carinhos, entre eles, carícias orais e algo do tipo. Isto pode ser feito antes do casamento? Eu posso fazer estes carinhos em meu namorado agora depois de batizada? Quando estamos juntos geralmente a coisa esquenta... daí respiramos fundo e saímos um para cada canto. Mas um dia desses, quando eu cai na real, já tinha masturbado ele e ele a mim. E agora? Tô muito confusa! Não seu se isso é permitido. Masturbação é fornicação? Desde já agradeço e espero resposta... =)

Quem vê cara, não imagina o que faz a mão. Se a masturbação praticada a um já rende tanta polêmica (e um post), quanto mais feita a dois. O ato que trouxe ao adolescente o conhecimento do próprio corpo, agora faz o jovem descobrir o sexo do outro. Isto está mais comum do que se possa imaginar. E tem quem seja mais direto e pede pra mostrar. Há alguma explicação para esta mudança de comportamento? Namorados que se masturbam foram longe demais? Pararam a tempo de evitar ou isto já é fornicação? As respostas todos querem saber, mas as perguntas poucos têm coragem de fazer?

Falhas na comunicação. Na Bíblia, nenhum assunto é proibido, mas na igreja parece que sim. Os jovens recebem muita informação lá fora, e pouca orientação aqui dentro. Como os cooperadores não são educadores (salvo exceções), falta-lhes habilidade, linguagem e ambiente. Assuntos sérios e urgentes não têm a devida abordagem. São tratados com muito superficialismo e não é dada abertura para a mocidade se pronunciar. Uma conversa franca onde se sintam à vontade para confidências e perguntas, muitas vezes, só é possível em canais como este. Lamentável!

Categorias de namoro. Antigamente costumávamos classificar o namoro como santo e escandaloso. Os ensinamentos eram rígidos e os anciães severos. Época em que tudo era proibido. Quando ficar conversando no portão de casa, rendia uma enorme bronca; e na porta da escola, um belo castigo. Um selinho em público era motivo de escândalo. Se o critério usado ontem fosse aplicado hoje, qualquer namoro seria considerado escandaloso e passível de repreensão.

Mudança de hábito. Hoje o namoro não sofre tanta interferência dos pais ou pressão da igreja. Se a vigilância e rigor diminuíram, não é de se estranhar que esta maior liberdade permitiu maior intimidade. Os dias atuais trouxeram nova acepção de idéias, relacionamento e atitude. Por isso, observamos grande adesão da mocidade aos padrões atuais da sociedade, esquecendo que a liberdade cristã é oposta ao costume dos gentios. 

Coletividade e individualidade. Verificamos que ocorreu uma enorme mudança de conceito em um período muito curto. E concluímos que há uma relação entre o comportamento do indivíduo e o pensamento do coletivo – A secularização da igreja resulta em mornidão espiritual do crente. A rápida flexibilização dos costumes, no passar desses anos, deixou lacunas e questões não respondidas. A pergunta que faz é comum a toda a mocidade: Minha dúvida é a respeito até onde posso chegar?

Até onde se pode ir? Um certo grau de intimidade faz parte e faz bem. Já escrevi que ‘os toques e carinhos do namoro devolvem, aos jovens, a auto-estima que as espinhas e mudanças vocais lhes roubaram na puberdade’. Quando estamos com alguém que gostamos, nossos sentidos se voltam apenas para a situação. É difícil controlar as emoções e considerar quando nossa intimidade está se tornando obscena. Mesmo porque nosso julgamento está mais tolerante por causa do relativismo moral, e os padrões de certo e errado variam de pessoa para pessoa. Caberá a cada casal dentro dos seus princípios, determinarem os limites e encontar um ponto de equilíbrio. Talvez a reflexão esteja começando errada. Ao invés de perguntarmos: Até onde posso chegar? Perguntemos: Como posso honrar a Deus no meu namoro?

 “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação, que vos abstenhais da fornicação; Que cada um saiba possuir o seu corpo em santificação e honra” (1Ts 4:3,4)

Um abismo chama outro abismo. Cada vez que nos permitimos certas intimidades, caminhamos casas no jogo da sedução, avançando degraus abaixo rumo ao poço da fornicação. Uma carícia abre caminho para outra. Certa irmãzinha, com intenção de evitar a fornicação, tinha por método masturbar o namorado para acalmá-lo. Num dos encontros, quando se deu conta, tinha praticado sexo oral.

“Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá a luz ao pecado; e o pecado sendo consumado, gera a morte” (Tg 1:14,15)

Tudo por amor. É tão bom estar com a pessoa amada e sentir-se desejado e atraente é realmente gratificante. Em nome do amor, muitos se justificam por ter chegado a tal ponto. O encantamento e a confiança adquirida fazem, rapaz e moça, se inflamarem em sensualidade. Tais afetos costumam ser o termômetro da relação, mas serão indicadores do verdadeiro amor?

Quando a gente ama é claro que a gente casa. A intimidade no namoro e o sexo propriamente dito, são vistos por muitos, como prova de amor.  Para estes que a presença do sexo comprova amor; sua ausência o põe à prova. Quando um decide caminhar em santidade, muitas vezes, é deixado pelo outro porque já teve seus anseios satisfeitos. O namoro não passava de mera atração física ou entretenimento. A Bíblia diz que a atitude varonil digna quando se ama de verdade é pedir a moça em casamento (1Co 7:36). Esta é a verdadeira prova de amor.

“Mas, se alguém diz que ama e trata dignamente a sua namorada; (...) não pequem, casem-se” (1Co 7:36 contextuado)

A masturbação é fornicação? Não! Ela pode ser o trampolim que impulsionará e arremessará no lamaçal da fornicação. Tudo o que, deliberadamente, se faz para provocar excitação no parceiro, antes do casamento, é considerado LASCÍVIA. Lascívia é uma obra da carne (Gl 5:18) que macula o testemunho cristão e traz prejuízos para vida espiritual - “Porque a carne combate contra o Espírito” (v.17a). Exibicionismo; strip-tease; ‘fazer nas coxas’; carícias orais nas zonas erógenas; tudo isto é comportamento lascivo e nada disso pode ser feito pré-nupcialmente.

“Amados,peço-vos, que abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma; Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que glorifiquem a Deus pelas obras que em vós observem” (1Pe 2:11)

Consciência pesada. Quando ficamos pensativos é sinal que O Espírito Santo não se apartou de nós. O sentimento de preocupação é a nossa consciência nos acusando, pois como a carne combate contra o espírito, também “o Espírito combate contra a carne” (v.17b). Aquela moça que mencionei, quando uma ferida saiu em sua boca, ela relacionou ao que tinha feito, pegou nojo do namorado e terminou com ele. Um colega me procurou aos prantos porque sua mãe estava muito mal no hospital. Acreditava ser um castigo por ter masturbado e penetrado com os dedos a namorada. O herpes da irmãzinha e a enfermidade da mãe do meu amigo, nada tinham a ver com seus deslizes no namoro. O sentimento de culpa os fazia pensar assim. Será que esse sentimento veio por mera repressão da igreja ou por que o Espírito Santo agia neles convidando-os para o arrependimento?

“Não deis lugar (chance) ao diabo” (Ef 4:27)

Prepara meu casamento. O namoro cristão é decoroso. É um auxílio para decidirmos – Sim ou Não – pelo casamento. Meu amigo continuou seu namoro; Outra pessoa apareceu na vida da irmãzinha. Com o perdão de Deus passaram a proceder de modo pudico e honroso no namoro, isto devolveu a paz de espírito para os dois. Hoje estão casados e servindo a Deus com alegria. Quando solteiros e não estando namorando, a mocidade, de acordo com seu gênero, pede: “Senhor, prepara um dos seus filhos para ser meu esposo; Que seja temente e fiel à sua Palavra, para que formamos um lar cristão; E eu, e minha casa, serviremos o Senhor”. Que todos os jovens se enquadrem neste perfil e que esta continue sendo a oração da mocidade.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Dilemas sobre a masturbação

A masturbação é um assunto que gera muita controvérsia e confusão. As perguntas freqüentes da mocidade querem saber se tal prática é uma perversão ou uma necessidade; se é danosa ou inofensiva; um pecado ou um meio para combatê-lo. O que exatamente é a masturbação, e por que aflige tantos jovens cristãos?



O porquê começamos. Tudo tem início na puberdade quando são liberados poderosos hormônios que afetam todo organismo. Muitas vezes provocam excitação e reações involuntárias como a ejaculação noturna que acontece por acúmulo de semên, geralmente acompanhada de um sonho erótico. Pela manhã, o menino se dá conta que não urinou na cama. Similarmente as meninas podem sentir-se estimuladas sem ter tal intenção. Muitas sentem um acentuado desejo sexual antes ou logo depois do seu período menstrual. A curiosidade e a novidade destas emoções leva-os a manipular, ou brincar com os órgãos genitais. A pessoa fica assim, consciente de que tais órgãos são capazes de produzirem agradáveis sensações. É uma fase de conhecimento do próprio corpo. Novos sentimentos afloram na mente adolescente que passa notar o sexo oposto e ter pensamentos sensuais. A masturbação é, portanto, uma auto-estimulação a fim de produzir ou satisfazer a excitação sexual.

O porquê continuamos. Logo toda esta atividade vulcânica diminui. O normal é que a mocidade aprenda a lidar com suas emoções e controlar estes impulsos. Porém para muitos se torna um hábito difícil de romper. A pornografia é sem dúvida a grande vilã da história; é o meio que muitos recorrem para satisfazer a curiosidade pelo sexo. Mesmo a programação televisiva tem muito apelo sensual, incentivando a comportamentos libidinosos. Algumas cenas são tão chocantes que os jovens as retém e depois reaparecem na mente produzindo combustível mental para se masturbarem. Cada acesso a material pornográfico aguça os sentidos e potencializa os desejos - fantasiosos diga-se de passagem - que acaba por viciar o usuário de tais conteúdos impróprios à pratica da masturbação. Sim, a masturbação é tão viciante como algumas drogas.

Outros fatores. Para alguns, a masturbação pode tornar-se um hábito a que recorrem em busca de consolo, sempre que se sentirem rejeitados, aborrecidos, solitários ou deprimidos. Embora o problema se associe mais aos jovens, ocasionalmente os adultos também se masturbam. Preocupações, temores ou frustrações podem causar grande stress e deixar as pessoas apreensivas. Alguns praticam para obter alívio da pressão, tensão ou da ansiedade. Como alguém toma uma bebida, ou o fumante que recorre ao cigarro para acalmar os nervos.

O que diz a Bíblia? Se uns se divertem com o hábito, outros se preocupam. Será que estamos cometendo um pecado grave? – refletem. Compartilho que lutei contra este hábito por anos. Eu sentia como se estivesse falhando para com Deus toda vez que me masturbava. Ficava decepcionado comigo mesmo e imaginando se aquilo prejudicaria minha vida espiritual. Igualmente, outros jovens ficam afligidos. Respostas insensíveis deixam a mocidade mais angustiada que começa a folhear as páginas da Bíblia para obtê-las. Acontece que a Bíblia sequer menciona a masturbação. Duas passagens bíblicas, comumente, são utilizadas para explanar sobre o assunto.

A semente da cópula. O esperma e o fluxo menstrual eram considerados imundícias do homem e da mulher (Lv 15). Havido o homem ejaculado ficava impuro por um dia, e tudo onde respingasse o esperma ficava contaminado até que fosse lavado (v.16-18). Semente de cópula dá a nítida impressão da ejaculação ter acontecido durante a relação conjugal, mas o esperma pode ser expelido sem ato sexual: Ou pela ejaculação noturna involuntária, ou pela masturbação.

O pecado de Onã. Punido com a morte por ter derramado a semente da cópula - isto é, seu sêmen – na terra, muitos ministros entenderam que o pecado de Onã foi a masturbação. Por isso a prática é chamada de onanismo, e também considerada, por eles, um pecado imperdoável. Porém, o pecado de Onã não foi se masturbar, mas burlar o casamento levirato negando, egoisticamente, dar descendentes a seu irmão falecido (Gn 38:1-10).

Dos males o menor. Sabemos que as leis hebraicas não se aplicam à igreja de Jesus. Se houve quem ensinasse ser a masturbação um pecado imperdoável, há os que a recomendam como forma de se prevenir ou combater a fornicação, porque estariam ‘mortificando os membros’ ou a tentação. Visto que a masturbação não é diretamente condenada na Bíblia, significa isto que é inofensiva ou que seja sensato buscar alívio nela para não sucumbir à fornicação?

“Mortificai pois os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite [sexual] desordenado, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; pela quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Cl 3:5).

Aliada ou adversária. O indivíduo que compulsivamente se masturba, fica esgotado mental e fisicamente. Isto diminui seu vigor juvenil, prejudica sua concentração nos estudos, faz cair seu rendimento nos esportes. O masturbador fica sem disposição para nada – até para o sexo. Mas se engana quem pensa ser a masturbação uma aliada contra o pecado. Quando a pessoa se masturba, usa-se uma fantasia imoral para aumentar a excitação. Sua mente se fixa nos desejos pecaminosos e tudo que faz é aumentar o apetite sexual, deixando-a cada vez mais vulnerável à tentação.

Medite: “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado (seduzido) pela própria concupiscência” (Tg 1:14).

Mente corrompida. Alguém perguntará: Como um ato praticado solitariamente embaixo do chuveiro ou dos lençóis pode ser tão perigoso? Ao se masturbar, a pessoa fica absorta em seus prazeres, mergulhado em pensamentos promíscuos. Está se educando que somente o seu prazer é o que importa. Começa a ver as pessoas como meros objetos e instrumentos de satisfação sexual, divorciando o sexo do amor. Taras e fetiches são despertados e aprendidos. O combustível mental que alimentará seu hábito é buscado nas situações de sua convivência cotidiana. Seus olhos caçam o que cobiçar. Soube de um rapaz que ficava excitado tocando os cabelos das moças da igreja. Simulava esbarrões para sentir na pele, os fios compridos e sedosos. A bíblia admoesta para tratarmos “as moças, como irmãs, em toda pureza” (1Tm 5:2). Não que praticantes assumirão um comportamento anti-social, mas existem comprovações que todo pedófilo ou estuprador é um masturbador.

Medite: “Os quais, havendo perdido todo sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez, cometerem toda impureza” (Ef 4:19).

Conclusão. Podemos dizer que a masturbação em determinados períodos da vida é fisiologicamente normal e não pode ser considerada um pecado. Porém, quando nossos sentidos são aguçados, não pela simples operação dos hormônios e sim, pela pornografia ou vaidade(ilusão) de sentido (Ef 4:19), já é um comportamento que deve ser 'mortificado'. Quase sempre, o problema com este hábito se resume naquilo com que alimentamos nossa mente. Portanto, em “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama; se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fl 4:8).

Recomendação. Quando um jovem crente se sente aflito e deprimido é por que seu coração o condena. Cada um analise a freqüência que pratica para verificar se tornou-se um hábito, identificar e desligar-se daquilo que está fornecendo combustível para masturbação. Devemos aprender educar a mente para disciplinar o corpo. O segredo é ter uma vida de plena comunhão com Deus. Sempre que falhar, deixe ser guiado ao arrependimento, e siga na direção que o Espírito Santo apontar. Se fizermos sua vontade, Ele colocará paz em nossos corações.

Continua...

Avidez: Desejo ardente e insaciável; voracidade
Concupiscência: Desejo imoderado de satisfazer a sensualidade; apetite sexual.
Dissolução: Perversão dos costumes.
Fetiche: Algo ou algum comportamento que provoque excitação sexual.
Levirato: Lei hebraica que obrigava um homem a casar com a viúva de seu irmão quando do defunto não houvesse herdeiro.