Presente em qualquer ambiente e em todas as bocas, a fofoca vai de uma simples brinqueira a um crime. Neste cenário, a igreja não é exceção! Diante de um quadro que parece irreversível, como lidaremos com as fofocas no seio da igreja?
‘Admiro muito o modo com que você vem informando e tirando dúvidas dos jovens aqui no seu blog. Parabéns =) Ah, eu tenho sugestões de temas, mas não sei se é o foco em sua igreja. Eu não sou da CCB, porém respeito muito qualquer tipo de adoração ao nosso Deus. Também pensei no assunto “fofocas dentro da igreja, como lidar” porque muitas vezes, os irmãos ao invés de nos acolheren, nos julgam, criticam e acabamos nos afastando de Deus por causa de pessoas imperfeitas como nós. É isso! Deus te abençoe! ;*’ (Deborah Roncheti)
Verso áureo: “Não andarás como mexeriqueiro entre os teus povos (vizinhos); não te porás contra o sangue do teu próximo. EU SOU O SENHOR!” (Lv 19:16).
Sabe da última? A fofoca consiste no ato de fazer afirmações não baseadas em fatos concretos, especulando em relação à vida alheia (Wikipédia). Ela se propaga por boatos de boca-a-boca, como pelas mídias de comunicação - Internet e mensagens de celulares, por exemplo. Tem aspecto de inocente brincadeira, mas é comum evoluir para bullying. À medida que vai crescendo, a fofoca vai ficando perigorosa podendo tomar as porporções de um incêncio incontrolável (Tg 3:5) que a transformarão em difamação, calúnia ou injúria.
A fofoca nossa de cada dia. Prejudica nosso relacionamento com Deus – “Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã” (Tg 1:26); Prejudica nosso relacionamento como próximo - “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz. Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4:11,12).
A língua mata. Uma fofoca (boatos; mexericos) incorre, muitas vezes, em sérias consequências que podem chegar a um extremo impensado – a morte de alguém. Exagero! Poderá exclamar. No entanto, é a Palavra dAquele que não pode mentir que alerta e dá mandamento: “Não ande espalhando mentiras no meio do povo, nem faça uma acusação falsa que possa causar a morte de alguém” (Lv 19:16 – NTLH). Em Provérbios 12:18 lemos: “Há alguns cujas palavras são como a ponta de uma espada”. Porque a lingua destes “está cheia de peçonha mortal” – explica Tiago 3:8. Se, raro a morte física, é comum a morte ou ferimento espiritual: “acabamos nos afastando de Deus por causa de pessoas imperfeitas como nós”.
(Des) Serviço cristão. Com a boca confessamos que Jesus é o Senhor para nossa salvação e entramos na igreja. Depois, com a voz anunciamos esta salvação ao mundo, evangelizando e trazendo as pessoas para a igreja. Com os lábios, discipulamos e mantemos as pessoas na igreja. Pelo aconselhamento cristão, nossas palavras saram e mantemos as pessoas nas igrejas. Por fim, com a língua fofocamos e afastamos as pessoas da igreja. O que uns ajuntam, outros espalham - "Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes" (1Co 15:33).
Todos tropeçamos. Talvez para tonar cômicas as situações e a vida mais emocionante, as pessoas fofoquem. Um jovem pode estar à procura de popularidade. Na escola, todos os dias se ‘conjuga o verbo fofocar’. No trabalho, adoramos uma especulação - A menos, é claro, que não seja de nós que estejam falando. Na igreja, onde houver dois ou três reunidos, haverá fofoca. Sim, “todos tropeçamos em muitas coisas” (Tg 3:2). Pois é Deborah, este comportamento não é exclusividade deste ou daquele grupo. Qual é aí, tal é aqui, como acolá.
Fofoca + intriga = futrica. Embora todos fofoquemos existem os doutores no asssunto. Dedicam todo seu tempo com bisbilhotices, são pobres de espírito, estão sempre procurando prejudicar ou obter vantagem sobre os demais; a estes eu chamo de futriqueiros. Costumam por insegurança rebaixar os outros só para sentirem melhores em relação a si mesmos. Por inveja colocam defeito em alguém ou alguma coisa só para não reconhecer os méritos alheios ou sua própria incapacidade, também para não confessar o que lhes falta. Na verdade necessitam de ajuda da igreja e dos serviços de um psicólogo.
Fofoqueiro(a)! Eu? A falsidade é a principal característica de uma pessoa futriqueira. É um bajulador que se aproximada para bisbilhotar e depois sair falando da nossa vida para os outros. Sua atuação é convincente e nos cega. Desprezamos os conselhos de alerta esquecendo de “quem avisa amigo é”. Muitas vezes nos ofendemos com a sinceridade de quem tem coragem de falar na cara. Sim, a verdade dói, todavia, “Fiéis são as feridas feitas pelo que ama, mas os beijos do que bajula são enganosos” (Pv 27:6).
Telefone sem fio. Como na brincadeira como na vida real, as notícias chegam distorcidas no final. Comentários maldosos podem trazer muitos aborrecimentos e prejudicar grandemente alguém. Por isso, quando ouvirmos um boato, é sábio não precipitarmos em conclusões; aguardar a confirmação dos fatos; ignorar ou repreender quem vier com insinuações até nós. Ora, se fala mal dos outros, falará mal de você! Por isso: “O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo [e aos outros] arruína” (Pv.13:3).
A outra face... Da moeda. Fofocar é fácil, oferecer a outra face é uma lição difícilde aprender. Preferimos pagar na mesma moeda. Uma pessoa que tenha sido prejudicada sentir-se-á no direito de revidar a ofensa. Descobriremos que quando somos a vítima, a fofoca não é tão engraçada. Se não cessarmos o ciclo, ele vai se repetir cada vez com maior intensidade. Desse modo: “quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem enagano”. (1Pe 3:10).
Refreiando a língua. O homem põe freio nas bocas dos cavalos para que obedeçam a seus comandos. Até as grandes naus faz navegar contra os ventos. Porém o leme do seu corpo não consegue domar; acaba por pisar na língua e tropeçar nas palavras. Fofocar é feio, mas é humano. Então como lidar com isso, fazer com que as fofocas cessem e por fim nesse mal?
1.Com perdão: “Não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança” (1 Pe 3:9)
2.Com confissão: “Então disse eu: Ai de mim, que vou perecendo porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6:5).
3.Com oração: “Põe guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios” (Salmo 141:3).
4. Com devoção. "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas" (Mt 7:12).
4. Com devoção. "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas" (Mt 7:12).
O verdadeiro cidadão dos céus. Diante da pergunta: “SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?” (Sl 15). Foi dada a resposta: “Aquele que não difama com a sua língua” (v.3). A Nova Tradução na Linguagem de Hoje está assim: “Ele não fala mal dos outros, não prejudica os seus amigos e não espalha boatos a respeito dos seus vizinhos”.
Conclusão. Com nossa língua bendizemos a Deus, e com ela maldizemos os homens feitos à imagem de Deus (Tg 3:9). Eu fofoco, tu fofocas, ele fofoca... Todos fofocamos. Porém, “meus irmãos, não convém que isto se faça assim” (Tg 3:10). Perdoando, confessando e buscando a Deus em oração, poremos fim ao ciclo de fofocas. Refreando nossa língua, controlaremos todo o nosso corpo; Policiando nosso falar, disciplinaremos nosso viver. Ajamos como verdadeiros cidadãos dos céus e deixemos de...